O São Caetano recebe o Bragantino na abertura do segundo turno da Série B do Brasileiro disposto a recuperar o que deixou para trás em seu melancólico início de competição. Logo na abertura, fora derrotado por 2 a 0, em Bragança Paulista, e agora quer os três pontos para entrar no G-4 (grupo dos quatro primeiros) e nele manter-se até alcançar o objetivo final: a volta à elite do Nacional.

"A meta era terminar o primeiro turno entre os oito primeiros. Agora é entrar de vez no G-4 ou ficar próximo dele e não deixar quem está na frente abrir distância", resumiu ontem o técnico Antonio Carlos.

Para o treinador, o Azulão não pode cometer o mesmo erro das primeiras rodadas e desperdiçar pontos em casa. No total, o time conquistou, até a décima rodada, apenas dois dos 12 disputados, nos empates com Atlético-GO (2 a 2) e Portuguesa (1 a 1). Naquela ocasião, o time se encontrava nas nas últimas posições.

"Sabemos que o Bragantino é um time que marca muito forte e também pega forte, tanto que no primeiro turno foi uma das equipes mais indisciplinadas. Espero que o árbitro escalado fique atento para coibir as jogadas violentas", destacou o treinador.

O São Caetano é o quinto colocado, com 30 pontos, e para entrar no G-4, além de vencer, precisa torcer por derrota do Ceará (quarto colocado na tabela) para o Juventude, em Fortaleza, e por um tropeço da Ponte Preta (sexto) diante do ABC, em Natal.

O goleiro Luiz, que completa hoje 39 jogos na temporada (disputou todas as partidas) acredita que, por vir de seis vitórias seguidas, o Azulão agora é alvo dos adversários.

"Certamente estão nos observando com mais atenção, mas agora que o time está entrosado, acredito que não devemos mudar nosso jeito de jogar, seja dentro ou fora de casa", disse.

O São Caetano não terá o meia Everton Ribeiro e o Bragantino o ala Diego Macedo, suspensos.

Bruno Recife pode sair do Azulão

O lateral-esquerdo Bruno Recife pode fazer hoje o último jogo com a camisa do São Caetano. O atleta recebeu proposta do Standard Liége (Bélgica) e já tem o aval da Portuguesa, detentora de 70% dos seus direitos federativos, para negociar com o clube europeu.

O jogador chegou ao Azulão, por empréstimo até o fim do ano, para as disputas do Campeonato Paulista e da Série B do Brasileiro. A contratação havia sido pedida pelo ex-técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão.

Bruno Recife admitiu ter recebido proposta dos belgas. Adiantou, porém, que ainda não fechou negócio.

"A Portuguesa me liberou para negociar, mas a proposta financeira deles não me agradou. Conversei com meu empresário e ele ficou de apresentar (aos belgas) uma outra oferta. Eles têm até o fechamento da janela de transferências (dia 31) para responder", disse o atleta.

Bruno Recife afirmou que vive boa fase no São Caetano e que não seria interessante sair agora.

"Só saio se a proposta for boa. O São Caetano briga pelo acesso e gostaria de continuar participando desta campanha", afirmou o jogador.

Bruno Recife viveu dias difíceis no primeiro semestre. Com o bom rendimento de Vando no Paulistão, não foi utilizado e estava na lista dos jogadores que seriam dispensados. Com a chegada de Antonio Carlos, teve nova chance e correspondeu.

RODADA - A abertura do returno da Série B, hoje, terá os seguintes jogos: Guarani x Fortaleza, Portuguesa x Vila Nova, Paraná x Bahia, Ipatinga x Figueirense, ABC x Ponte Preta, Brasiliense x Vasco, Duque de Caxias x Campinense, Atlético-GO x América-RN e Ceará x Juventude.

Reforço argentino projeta seguir passos de Carlito Tevez

Um novo idioma, o espanhol, começa a ser falado no Anacleto Campanella. O clube apresentou ontem à tarde o meia argentino Damián Luna, 24 anos. O jogador pertence ao Independiente e assinou contrato de empréstimo por três anos.

Nascido em Buenos Aires, o jogador tinha vínculo com o Universidade Católica até o fim deste ano. Foi dispensado em maio, como ele próprio admitiu, por desentendimento com o técnico da equipe chilena.

Embora nunca tenha estado no Brasil, o jogador garante que já tinha ouvido falar do São Caetano e que acompanha o futebol brasileiro.

"Sei que o time fez uma excelente campanha e chegou à final da Libertadores em 2002 (contra o Olímpia, do Paraguai)."

Luna diz que espera ter uma boa passagem pelo futebol brasileiro, a exemplo dos compatriotas Carlos Tevez e Herrera, que defenderam o Corinthians, respectivamente em 2005 e 2008.

"Deixei meu país porque queria a oportunidade de jogar no Brasil. Tive uma oportunidade e quero retribuir em campo para também fazer história no São Caetano."

Luna jogou com Tevez na Seleção Argentina sub-20. "Era um grupo fantástico. Lamento não ter ido ao mundial (2003) porque me machuquei."