Mesmo se fosse reeleito, o candidato ao Executivo Nilson do Mercado Filho (PCdoB) não teria tempo hábil para inaugurar obra prevista em seu plano de governo. A não ser que seu mandato durasse 15 anos. Este é o prazo dado pelo comunista para construção de hospital em Rio Grande da Serra.

No entanto, para que a cidade recebesse o equipamento de Saúde público seriam necessários, pelo menos, 50 mil habitantes (de acordo com normas do Ministério da Saúde). Mesmo assim, o pleiteante desdenha dos dados coletados pelo Censo 2010, que apontam para população total de 41.273 pessoas. Se o projeto de Nilsinho demorar o tempo que estipula, talvez haja tempo para que 9.000 pessoas nasçam em Rio Grande.

O comunista já tem proposta para acolher os 9.000 partos necessários. Mas assim como o hospital, Nilsinho não sabe se a maternidade que planeja poderia ser colocada em pé em menos de quatro anos. "No período em que Rio Grande foi emancipada, pouca coisa foi feita. Por isso temos de pensar para frente. Algumas coisas vamos tentar fazer de imediato, mas não dá para ter certeza sobre tudo", afirmou.

Um equipamento Nilsinho faz questão de lançar ainda em seu mandato. O aspirante diz que assim que assumir o Paço, colocará em prática obras visando UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas. A ideia é que o estabelecimento ocupe as instalações da UBS (Unidade Básica de Saúde) Central. "A ideia é centralizar o atendimento. É um absurdo ver as pessoas irem de um lado para outro para fazer exames e consultas" exclamou o candidato, que admitiu não usar os serviços públicos de Saúde do município por ter convênio médico.

O comerciante reclamou ainda do fato de a população precisar utilizar as unidades de Saúde pública com frequência. "Todo dia são atendidas em torno de 600 pessoas. O povo de Rio Grande fica muito doente. Vou trabalhar em torno de um programa de prevenção de doenças para que a demanda de nossas unidades diminua", concluiu.