O goleiro Sílvio Luiz fez questão de dividir com os colegas a responsabilidade da derrota para o Olimpia, nesta quarta-feira, na final da Copa Libertadores da América, e disse que o São Caetano "bobeou" e "falhou coletivamente". Adiantado no lance do segundo gol paraguaio, Sílvio justificou que "tudo foi muito rápido" e que ele "se posicionou para pegar a bola".

"Não (estava adiantado no lance do gol de Baez). A gente tem de se posicionar para a bola e a decisão tem de ser muito rápida. Ele (Baez) cabeceou para o alto e a bola caiu muito rápida para o gol", tentou explicar Sílvio Luiz, em coletiva concedida após a partida. "Eu não fui bem, o time todo não foi bem", sintetizou.

Sílvio Luiz avaliou que as condições do gramado, molhado por uma chuva que caiu horas antes da partida, atrapalharam o São Caetano. Mas não hesitou em reconhecer a superioridade do rival paraguaio. "O mérito foi do Olimpia", admitiu. "O gramado estava molhado, a bola estava batendo e saindo do domínio dos jogadores. Mas o futebol é assim mesmo. Não dá para reclamar."

O goleiro, um dos jogadores mais experientes da equipe, acredita que o resultado poderia ter sido diferente se o técnico Jair Picerni não tivesse sido excluído pelo árbitro Oscar Ruiz no primeiro tempo. "Deve ter prejudicado. Se a gente estivesse completinho...Ele (Picerni) tem pulso, sabe controlar bem a gente", avaliou.

Mesmo destacando o bom desempenho do jovem São Caetano, duas vezes vice-campeão Brasileiro e vice da Libertadores com apenas 12 anos de existência, o arqueiro reconheceu que perder o torneio sul-americano "foi um pesadelo" e "a derrota que mais doeu". Mas Silvio Luiz destacou a necessidade de manter o trabalho e a disposição para seguir adiante. "Todo time sonha em chegar numa final. Agora temos de levantar a cabeça e lutar para chegar a mais uma final. Uma hora nós havemos de ganhar", analisou. "Temos cinco dias de folga para cair na realidade novamente."