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Base de Aidan falha e PT ganha tempo em Santo André
Clébio Cantares
Do Diário do Grande
04/09/2009 | 07:24
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Uma operação de guerra foi montada pela base de sustentação do prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), na quinta-feira na Câmara para tentar derrubar instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Instituto Nova, protocolada pelo PT pouco antes da sessão. A movimentação iniciada pelo líder do governo, Marcelo Chehade (PSDB), tinha o objetivo de enterrar a matéria no mesmo dia de seu protocolo, já que o PT não tinha a maioria para a aprovação. No entanto, a articulação falhou, dando ao PT mais tempo para conquistar novas adesões.

No meio da sessão, o presidente da Casa, Sargento Juliano (PMDB), solicitou intervalo e reuniu a base aliada em seu gabinete. O entra e sai indicava a importância da pauta. Pouco depois, Paulinho Serra (PSDB) e Israel Zekcer (PTB), que tinham se ausentado para participar de um casamento, voltaram às pressas por convocação de Chehade.

Do lado de fora, PT e DEM começavam a se articular para reabrir a sessão, contando com mais de um terço dos vereadores da Casa. A estratégia, no entanto, foi percebida, e pouco depois, todos partiram para o plenário. Chehade quis, então, antecipar a votação do requerimento da CPI. Acabou se enrolando com o regimento, gerando outro impasse e mais discussões.

A manobra da base governista desmoronou com a repentina saída de Paulinho, que retornou ao casamento. O fato, aliado à dúvida sobre o voto do PSB, fez com que a base aliada votasse pelo adiamento da matéria até terça-feira. O PT também optou por adiar a votação e ganhou tempo para convencer os socialistas.

A bancada petista comemorou. "Vamos pressionar até o limite. A CPI agora ganha mais força", avaliou o vereador e presidente municipal da sigla, Tiago Nogueira. Jurandir Gallo provocou o prefeito. "O Aidan tem medo do quê? Para quê uma operação dessa?", questionou.

Com mais tempo, o PSB acena que pode votar favorável à instalação da CPI. "Teremos mais material para análise. A chance de aprovação pode ser maior agora", declarou o vereador e presidente municipal, José Ricardo.

O PT conseguiu oito assinaturas para o protocolo e precisa de mais três para a aprovação. O Instituto Nova está sendo investigado por supostas irregularidades na contratação de funcionários e repasse de verbas do governo.




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