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Ribeirão Pires participa da nova Baronesa

A Baronesa, locomotiva que inaugurou a primeira estrada de ferro do Brasil, a 30 de abril de 1854, está ganhando uma réplica

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
12/06/2009 | 00:00
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A Baronesa, locomotiva que inaugurou a primeira estrada de ferro do Brasil, a 30 de abril de 1854, está ganhando uma réplica. Dos estudos preliminares até a fase atual de montagem já se passaram cinco anos. O modelo deverá ficar pronto em 2010 e fará parte da coleção de um museu particular chamado Museu de Arqueologia Industrial Thomaz da Cruz, em Mairiporã, na Grande São Paulo.

Um conjunto de fábricas e oficinas vem trabalhando na construção da nova Baronesa, duas delas localizadas em Ribeirão Pires: a Heatmec, que fabricou as caldeiras, e a Mescla, responsável pela usinagem do virabrequim, das rodas e de toda a estruturação do equipamento. Uma terceira empresa, do município de Jarinú, cuidou da fundição, e assim por diante.

Só para a construção das caldeiras foram gastos oito meses, segundo o gerente da Heatmec, Alberto Cavalini. E uma fase bem complexa foi a da idealização do projeto, já que da Baronesa original nenhum desenho técnico foi encontrado, nem na Inglaterra - de onde a locomotiva foi exportada para o Brasil, em meados do século 19 - nem nos órgãos ferroviários brasileiros de preservação.

Um exemplo da dificuldade, apontado por Eduardo Rodrigues da Cruz, administrador de empresas do Instituto Mairiporã que criou e administra o Museu de Arqueologia Industrial: quando a Baronesa foi construída não existia o processo de solda - os mais de três mil rebites da locomotiva foram feitos pelo sistema de caldeação. E a nova Baronesa terá os mesmos 3.000 rebites, pois o intuito é reproduzir com a máxima fidelidade toda a locomotiva.

Outra dificuldade: sem o projeto original, ficou difícil saber como era a caldeira internamente. Necessário se fez consultar toda a literatura conhecida.

HISTÓRIA
O Instituto Mairiporã foi criado há 45 anos por Thomaz Rodrigues da Cruz, um sergipano de Aracaju que completará 87 anos de idade em 13 de julho. Fundado o instituto, buscou-se criar o primeiro museu da instituição, de Ciências e Artes, que funciona até hoje. Já o Museu de Arqueologia Industrial foi criado há dois anos para abrigar não apenas locomotivas e outras peças ferroviárias como também linotipos, teares, aparelhos de rádio.

O Museu de Arqueologia Industrial fica na Avenida Dr. Thomaz Rodrigues da Cruz, 1113, em Mairiporã. O valor do ingresso individual é de R$ 5 (50% de desconto para estudantes). É necessário agendar previamente a visita pelo telefone 4604-2999.

BARONESA
A locomotiva Baronesa original já esteve no Grande ABC, na década de 1940, em viagem demonstrativa quando da transição do sistema a vapor da linha ferroviária da antiga estrada de ferro São Paulo Railway para o sistema elétrico da então denominada "Santos a Jundiaí", que antecedeu a era da administração da Rede Ferroviária Federal.
A Baronesa pioneira faz parte do acervo nacional e está no Rio de Janeiro, em área próxima ao novo estádio do Engenhão.

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Texto: Guido Fidelis

A deusa
Penetrar em grutas, extasiar-se com exuberantes esculturas de estalactites e estalagmites, atravessar o mundo de sombras e entrar nos labirintos do inconsciente. Resgatar de épocas remotas as representações iniciáticas, voltar às origens da humanidade e rever com olhos de espanto a primordial Grande Mãe, deusa da natureza, guardiã da árvore da vida, símbolo da paz e do amor. E, sob proteção da divindade, cruzar o canal onde circula a energia cósmica e descobrir que a vida prossegue em permanente ciclo.

Osmar Carpinelli

Nascimento: Ribeirão Pires, 12 de junho de 1922.
Vereador: 1952 a 1955.
Partido: PTB.

Um dos quatro representantes do Distrito de Ribeirão Pires na Câmara Municipal de Santo André. Seu trabalho mais marcante, desenvolvido em conjunto com seus pares de Mauá, Ribeirão Pires e Paranapiacaba, foi a campanha pela reforma da estrada de interligação do Centro de Santo André com o Alto da Serra. A obra foi realizada. Renunciou em 15 de abril de 1955.

Sempre viveu em Ribeirão Pires, atuando como auxiliar, escrevente e escrivão, aposentando-se em 1992. Dedica-se à fotografia, com registros de imagens históricas da linha Ribeirão Pires a Paranapiacaba.




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