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Rio +10 inicia discussões sobre desenvolvimento mundial
Por Do Diário OnLine
Das Agências
26/08/2002 | 09:23
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Foi aberta nesta segunda-feira, em Johannesburgo (África do Sul), a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Rio +10. Na reunião, que contará com a presença de representantes de cerca de 200 países, será discutido um plano de ação para combater a pobreza no mundo.

O presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, abriu o evento às 10h locais (5h de Brasília), pedindo aos líderes mundiais a redução do "abismo" entre as nações ricas e pobres. Durante dez dias, o progresso econômico, o bem-estar dos povos e a proteção do meio ambiente serão tratados na conferência, que é a maior da história da Organização das Nações Unidas (ONU) e a primeira grande reunião do gênero desde a realizada no Rio de Janeiro, em 1992.

Em seu discurso, Mbeki ressaltou que o tempo de reflexão passou e que os líderes mundiais têm de ser "responsáveis" para dar aos cidadãos as soluções práticas que esperam. Ele lembrou que as diferenças entre Ocidente e Oriente crescem um pouco mais cada dia e tornam impossível um desenvolvimento duradouro, mas ressaltou que o panorama pode ser diferente. "Pela primeira vez na história da humanidade, a sociedade possui capacidade, conhecimento e recursos para erradicar a pobreza e o subdesenvolvimento", acrescentou.

Nos próximos dias, ministros e especialistas de quase 200 países vão discutir um programa de ação para a próxima década, baseado na Agenda 21, um ambicioso conjunto de recomendação teóricas aprovado no Rio de Janeiro em 1992, que aposta num modelo de desenvolvimento apoiado em três pilares: avanços econômicos, progresso social e proteção ao meio ambiente.

"Temos de pôr fim à inércia da década passada e fazer acordos sobre medidas práticas claras. O plano de ação de Johannesburgo que discutiremos e negociaremos deve ser um plano de ação real e com condições de alcançar seus objetivos", declarou na abertura o presidente da África do Sul.

Entretanto, são muitas as questões que separam os quase 200 países que participam da cúpula, a maioria delas referentes à erradicação progressiva da pobreza, como ajuda pública ao desenvolvimento ou medidas protecionistas e subsídios que prejudicam os países em desenvolvimento.

Desde sábado, diplomatas de vários países estão tentando conciliar interesses para avançar neste plano de ação de 71 páginas. As negociações registraram progressos em "questões menores", segundo autoridades da União Européia, que confirmaram nesta segunda-feira que algumas posturas continuam difíceis de conciliar.




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