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Saúde é o que mais desagrada o brasileiro
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11/08/2010 | 07:03
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Além de figurar como as que têm maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), as regiões Sul e Sudeste apresentam o IVH (Índice de Valores Humanos) mais elevado do País. O novo indicador relaciona as vivências boas e ruins das pessoas nas áreas de Saúde, Educação e Trabalho. No geral, a área que gerou mais insatisfação foi a de Saúde.

Sul e Sudeste apresentaram IVH de 0,62, de uma escala que vai de zero (mais baixo) a um (mais alto). Segundo o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), isso significa que os brasileiros do Sul e do Sudeste passaram no último ano por mais experiências positivas do que negativas.

O IVH faz parte do terceiro caderno do Relatório de Desenvolvimento Humano Brasil 2009/2010 do Pnud, lançado ontem em Brasília. Os "valores" do documento foram definidos a partir de questionários enviados a 500 mil pessoas em todo o País, durante campanha Brasil Ponto a Ponto. Todas responderam: O que deve mudar no Brasil para sua vida melhorar de verdade?. O Pnud contratou pesquisa do Instituto Ibope para identificar os valores que os brasileiros julgam mais importantes.

O novo índice coloca o Norte como a pior em termos de experiências, com índice de 0,50, em grande parte motivado pelo mau desempenho no setor de saúde. O Centro-Oeste (0,58) e o Nordeste (0,56) ficaram na terceira e quarta posições, respectivamente. O relatório aponta que a população da Região Norte tem as piores vivências com seu sistema de saúde, com o indicador dessa área de 0,31, ou 0,14 ponto inferior à média nacional. O número reflete a opinião em relação à demora no atendimento médico (público ou particular), à linguagem utilizada pelos profissionais de saúde e ao interesse demonstrado por eles na visão do paciente.

A pesquisa mostra que 66,9% dos entrevistados da Região Norte consideram o atendimento médico "demorado", enquanto no Sudeste esse porcentual cai para 43,1%. Em relação à linguagem utilizada pela equipe médica a diferença é mais evidente: 74,9% das pessoas do Sudeste consideram a linguagem utilizada como de "fácil" ou "razoável" compreensão. Já no Norte, essa classificação cai para 38,1%. Por último, a atenção dada aos pacientes é maior no Sudeste que no Norte, segundo os usuários dos sistemas de saúde: para 29,1% dos moradores do Sudeste o profissional médico demonstrou "muito interesse" pelo caso do paciente, enquanto no Norte apenas 14,5% pensam dessa forma.

Com relação ao trabalho, que compõe o índice, o destaque foi a Região Sul, com melhor relação entre vivências de prazer e sofrimento no ambiente profissional, com média de 0,84, nos estados, pouco acima do Sudeste (0,80). Apesar dos entrevistados do Sudeste terem apresentado maiores experiências de prazer no trabalho, como a realização profissional e a liberdade de expressão, a Região Sul teve uma média maior em razão de relatar menos experiências de sofrimento. A educação foi a que apresentou maior equilíbrio no IVH entre as cinco regiões brasileiras (0,54 média), com exceção do Norte (0,47).




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