Economia Titulo Alternativa à crise
Mais uma metalúrgica da região adere ao PPE
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
12/08/2015 | 07:00
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Mais uma empresa da região aderiu ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego). Foi a Trefilação União, de São Bernardo, que fechou acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e, após assembleia dos trabalhadores, realizada ontem, que aprovou a decisão, a companhia agora vai procurar o Ministério do Trabalho. O objetivo será comprovar que tem condições de fazer a redução de jornada e salários, com a complementação de parte do rendimento aos empregados com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Entre os requisitos para a adesão está a de não ter débitos fiscais.

A Trefilação União foi a segunda empresa do Grande ABC a acertar o PPE – a primeira foi a Rassini Automotive, no dia 5. Foi definida a diminuição de 20% em horas de trabalho e nos vencimentos, com complemento referente à metade da diminuição, ou seja, 10% da renda, proveniente do governo federal. A fábrica, que conta com 114 trabalhadores, vai adotar o programa por seis meses e garantiu estabilidade por dez meses – quatro meses adicionais ao que determina a lei, de um terço do período do programa.

Ontem, em Brasília, o presidente do sindicato, Rafael Marques, defendeu o PPE, durante audiência pública sobre o tema promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal. Ele lembrou que o formato começou a ser idealizado em 2011, como instrumento para preservação dos empregos em períodos de crise.

Em outra reunião em Brasília, também ontem, o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Moan, participou de debate sobre o cenário da produção de carros e da manutenção de empregos no setor automotivo, na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara Federal. Um dos temas tratados também foi o PPE. Segundo ele, o programa é uma medida moderna e importante não somente para o ramo automotivo, mas para toda a atividade econômica.

Moan disse que o setor manterá os investimentos anunciados da ordem de R$ 8 bilhões e que, nos próximos cinco meses, embora com previsão de baixa na produção automotiva, haverá estabilidade em termos de empregos no segmento.  




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