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Críticos de Dilma vão protestar em frente ao apartamento de Lula

Manifestação marcada para domingo partirá da Igreja Matriz de São Bernardo, um dos palcos do surgimento do PT, até prédio do ex-presidente

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
12/08/2015 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Grupos de oposição à presidente Dilma Rousseff (PT) preparam para domingo protesto em frente ao prédio onde mora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A atividade está programada pela manhã para não conflitar horário com as manifestações marcadas para a Avenida Paulista, em São Paulo.

Organizadores prometem se concentrar em frente à Igreja Matriz, símbolo no Grande ABC das lutas contra a ditadura militar e início da formação do PT, no fim da década de 1970. Caminharão pela Rua Marechal Deodoro até a Avenida Prestes Maia, até chegar à residência do ex-chefe da Nação, responsável pela indicação de Dilma em 2010.

“Estimativa de público é difícil saber, mas mudamos o horário para atrair mais gente que queira protestar contra o governo que aí está”, disse Júnior Moreira, suplente de vereador do PSDB e um dos organizadores da atividade de domingo. Nos protestos do dia 15 de março, a PM (Polícia Militar) calculou que 4.000 pessoas foram às ruas de São Bernardo para criticar a administração do PT. Já na passeata do dia 12 de abril decepcionou e apenas 150 pessoas, de acordo com a PM, estiveram na manifestação na cidade.

Santo André e São Caetano também registraram nos dois primeiros atos do ano e, novamente, devem ser palcos de mais questionamentos ao trabalho de Dilma em Brasília. No dia 15 de março, a PM divulgou que 25 mil andreenses externaram descontentamento com o governo do PT.

“Teremos carro de som, todos vestindo camisas verde e amarela, com cartazes. Mas sem panelas”, discorreu Júnior Moreira, tentando evitar que o PT taxe as manifestações como exclusivas das classes média e alta do País. O panelaço virou marca dos protestos contra Dilma em pronunciamentos oficiais na televisão.

A primeira grande manifestação, do dia 15 de março, reuniu 1 milhão de pessoas na Avenida Paulista, de acordo com cálculos da PM. Dois meses depois, foram 210 mil críticos, ainda segundo a PM.

Depois dos dois atos, o governo federal tentou implementar pauta positiva, com aprovação de projetos com redução de gastos públicos e a reforma política. A tática, porém, naufragou, poucos passos avançaram e Dilma voltou a se deparar com clima instável no País e no Congresso, com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), declarando oposição e colocando em votação propostas com aumento de salários de servidores públicos e pedidos de impeachment da petista.




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