Política Titulo Eleições 2022
Aldo Rebelo disputa Senado e diz que País deve debater retomada

Filiado ao PDT, ex-deputado federal acredita em crescimento de Ciro e afirma que Bolsonaro e Lula não discutem propostas

Da Redação
03/07/2022 | 00:01
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André Henriques/DGABC


Deputado federal por seis mandatos e com larga experiência na política, Aldo Rebelo (PDT) deseja agora mudar de Parlamento em Brasília. Ele sabe, no entanto, que a disputa pela vaga ao Senado na eleição deste ano será dura, a contar com alguns dos nomes que devem buscar a cadeira, como o ex-governador Márcio França (PSB) e o presidente da Câmara de São Paulo, Milton Leite (União Brasil). Até o início da semana, ainda tinha a concorrência de José Luiz Datena (PSC), que desistiu do pleito.

Para Rebelo, o caminho é apresentar propostas ao eleitor. “Você enfrenta a disputa com ideias. A política para mim não é uma profissão. É um desafio importante, mas tenho confiança na minha história e nos serviços prestados a São Paulo”, afirmou o político, que já foi presidente da Câmara, entre 2005 e 2007, ministro da Coordenação Política (no governo Lula) e ministro do Esporte, da Ciência e Tecnologia e da Defesa (na gestão Dilma Rousseff).

Ele acredita que os três parlamentares que representam São Paulo no Senado não têm tido protagonismo em discussões de interesse nacional. “Há uma certa ausência de São Paulo no debate do Senado. Nos grandes temas, não há presença dos senadores que representam o Estado. E os problemas de São Paulo são os problemas do Brasil, como o processo de desindustralização”, afirmou. “É preciso elevar a participação do Estado.”

O ex-deputado federal disse ainda que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que têm polarizado a eleição pela Presidência, estão perdendo a oportunidade de discutir para valer os problemas do Brasil. “O tema da campanha deveria ser economia. Não há outra alternativa a não ser debater a retomada do crescimento e desenvolvimento. Mas os dois abandonaram esse debate para se concentrar em ataques. Isso, de certa forma, é cômodo para os dois.”

Nesse sentido, Rebelo acredita que haja espaço para o crescimento de Ciro Gomes (PDT). “A eleição está no início. A essa altura, na eleição de 2018, Bolsonaro não liderava as pesquisas. Há um processo de radicalização e uma disputa que será marcada pelos defeitos dos candidatos. Com isso, as duas campanhas terão mais rejeição e poderá liberar energia para a alternativa Ciro.”

Segundo Rebelo, é inaceitável que petistas preguem agora o chamado “voto útil”, no sentido de tentar migrar votos de Ciro para Lula no primeiro turno. “Não dá para transformar a eleição em um plebiscito. A principal virtude da candidatura de Ciro é ter ideias, um caminho para o País. Não há cabimento retirar essas discussões do debate nacional. Falar em voto útil é um desserviço à democracia e ao processo eleitoral.”




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