Escolhidos para a coletiva após o jogo contra o Penapolense, o técnico Ruy Scarpino e o atacante Fábio Santos avaliaram negativamente o empate por 1 a 1 e destacaram a atuação inspirada do goleiro adversário, Ricardo, a quem creditaram como principal responsável por evitar a vitória do Santo André.

"Quando um time sobressai e o gol não acontece é porque alguém da outra equipe foi bem. Hoje (ontem), foi o goleiro, que dificultou bastante para nós", disse o treinador. "O empate não ficou de bom tamanho. A gente precisava da vitória para dar sequência ao que queremos. Tivemos três ou quatro oportunidades perdidas, mérito para o goleiro deles", emendou o atacante.

Apesar da igualdade, Scarpino gostou da apresentação do Santo André e espera desempenho no mínimo semelhante sábado (10h), contra o Grêmio Barueri, no Anacleto Campanella. "Foi uma equipe vibrante, não se entregou e isso é o que esperamos para mudar", afirmou. "Tivemos volume bom na partida, dominamos e o Penapolense se preocupou em defender e sair nos contra-ataques. No segundo tempo tivemos o jogo nas mãos, mas desperdiçamos", emendou o treinador.

Embora o Ramalhão não tenha vencido, a postura da equipe convenceu Fábio Santos. "A partir de hoje, as coisas começaram a acontecer. Saímos atrás, buscamos o empate e poderíamos ter virado. Pelo empenho, foi bom. Ficamos 90 minutos em cima deles, o que é mais uma força para provar que os jogadores que chegaram ao Santo André são fortes."

Pela primeira vez em algumas rodadas, o Ramalhão sai de campo sem jogador lesionado. E Scarpino destacou tal fato. "No vestiário ninguém reclamou. É hora de descansar, porque já temos jogo no sábado de manhã. Então nem dá tempo de treinar. Sexta-feira (amanhã) só faremos trabalho leve."

Andreenses reclamam do comportamento dos torcedores
 Apenas 202 torcedores compareceram ao 1º de Maio para acompanhar o duelo entre Santo André x Penapolense. E, apesar do número pequeno, cobraram o time antes mesmo de a bola rolar. A vítima inicial: o atacante Fábio Santos, justamente autor do gol que garantiu o empate.

"Fico chateado. Ninguém sabe o que se passa na cabeça da gente. Mas quanto mais me criticam, mais quero jogar. O objetivo mais uma vez foi traçado, fizemos bom jogo e no sábado não podemos deixar a peteca cair", disse o jogador.

Após a falha no gol do Penapolense, Raul Diogo também foi bastante xingado pela torcida. Acabou, depois, substituído. "Eles têm que criticar, mas também dar apoio moral. O que aconteceu com o Raul, por exemplo, às vezes faz com que o jogador caia muito", disse Fábio Santos. "É importante contar com o apoio. Alguns jogadores não conseguem absorver as críticas", emendou Ruy Scarpino.