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A guerra

Rio Grande (da Serra) sofria fiscalização governamental na 2ª Guerra

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
16/05/2014 | 07:00
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O sofrimento durante a 2ª Guerra Mundial. Rio Grande (da Serra) sofria fiscalização governamental. Nada diferente de outros pontos do País ocupados por italianos, alemães e japoneses – no caso destes últimos, nem tão numerosos. As três nacionalidades formavam o Eixo. E o que é que esse pessoal da quase esquecida e pacata Estação Rio Grande tinha a ver com o conflito mundial?

Biblioteca roubada

Depoimento: Gisela Leonor Saar

Nós sofremos fiscalização em nossa casa. Veio um senhor alto, negro. Quis entrar de chapéu. Minha mãe não teve dúvidas:

- O senhor tira o chapéu. O senhor está na casa de uma brasileira. Aqui está o meu documento.

Minha mãe (Edith Breithaupt Saar) de fato era brasileira. Meu pai (Arnald Saar), inglês, naturalizado alemão. E nós, os filhos, todos encolhidos, amedrontados com aquela situação.

Eles fiscalizaram tudo. Levaram toda a biblioteca do meu pai, com livros em inglês e alemão. Papai gostava da agricultura. Tinha revistas publicadas pela Secretaria da Agricultura. Queria usar aquela literatura na lavoura local.

Nunca recebemos nada disso de volta. Eles vistoriaram do teto ao porão. Na saída, pediram desculpas, porque não havia nada que nos incriminasse. Sobre a biblioteca, disseram que poderíamos procurar depois. Mas quem vai procurar depois de tantos anos de guerra? Nem pensei mais naquilo. Deixei de lado. Não fui atrás. Hoje me arrependo – naquele tempo não era advogada ainda. Era apenas uma meninota.

1930

(A propósito do centenário do São Caetano EC: 1914-2014).

Cai a República Velha. Assume a Junta Revolucionária. O São Caetano é convidado a participar de um festival esportivo no dia 7 de dezembro no seu próprio campo.

O festival é organizado pela Junta que derrubou os caciques da política nacional.

Um festival em prol do ‘Resgate da Dívida Nacional’.

Diário há 30 anos

Quarta-feira, 16 de maio de 1984 – ano 27, nº 5520

Manchete – Finsocial salva Previdência do deficit deste ano

Paranapiacaba – Ministro dos Transportes, Cloraldino Severo, visita a vila. Promete preservá-la.

Santo André – Funcionalismo pede 85,1% de reajuste.

Polícia – Motorista morre ao bater Fiat contra um poste na Avenida Piraporinha, em São Bernardo.

Santos do dia

- Brendano

- Honorato

- João Nepomuceno (Tchecoslováquia, Pomuk 1330 – Praga 1383). Doutor em teologia e direito canônico. Sacerdote. Martirizado por não revelar as confissões da imperatriz Joana.

- Luís Orione

- Simão Stock

Partituras, filmes, fotos...

(A propósito dos 90 anos da Corporação Musical Carlos Gomes)

Condensação da história: Valdomiro Zampieri

Não se conhecem gravações da Carlos Gomes, mas as partituras, com muitas composições próprias, são numerosas.

Há também filmes da primeira fase da Cia. Cinematográfica Vera Cruz em que a banda aparece em cenas ligeiras, já que era sempre requisitada para as filmagens.

Algumas fotos que ilustram a trajetória da CMCG são da década de 1940. Foram guardadas por um músico da segunda geração da banda, Victorio Pedron, de antiga família de imigrantes italianos do Grande ABC.

De profissão oleiro, Victório Pedron foi um curinga na Carlos Gomes. Tocava trompa, trombone, prato e bumbo.

Hoje

Dia do Gari

Em 16 de maio de...

1914 – Maria Regina Demarchi nasce na Linha Galvão Bueno, hoje bairro Demarchi, em São Bernardo, filha de Andréa Demarchi, artista (pedreiro especializado em obras artísticas nas fachadas de casas) e Augustina Decco, ambos também nascidos na Vila de São Bernardo.

1964 – Lançada a pedra fundamental do Instituto Mauá de Tecnologia, na Estrada das Lágrimas, São Caetano.

1969 – Fundado o Lions Riacho Grande, em São Bernardo.

1974 – Volkswagen anuncia implantação na Amazônia de um complexo agropecuário e industrial voltado à produção de carnes, madeira, celulose e papel.

- Orestes Quércia visita o Diário e diz que é candidato ao Senado.

FALECIMENTOS

MEMÓRIA PRESERVADA

Prefeitura de Ribeirão Pires deverá prestar homenagem a José Franchi, doador de uma parte da área ocupada pelo Cemitério São José. A doação deu início à formação do cemitério, há mais de 100 anos.

José Franchi tinha o apelido de Mascate. Era italiano. Morreu em 17-5-1908, aos 58 anos. O Cemitério São José havia sido inaugurado 14 dias antes, quando ocorreu o sepultamento da criança Ermínia Rebechi, no dia 3 de maio.

José Franchi era casado com Francisca Neves de Lima. Tiveram quatro filhos: Bernarda, Claudina, Felicio e Maria. Bernarda casou-se com Sebastião Bertoldo, que foi o declarante do óbito.

O apelido Mascate, dado pela atividade que exercia, era tão conhecido que no atestado de óbito está descrito que ele morreu em residência no lugar denominado Mascate.

Uma placa deverá ser colocada junto ao seu túmulo, pela municipalidade, que estuda também dar o nome de José Mascate Franchi à rua interna do Cemitério São José, que interliga o portão de entrada à capela.

A iniciativa das homenagens partiu da Associação Pró-Memória de Ribeirão Pires e foi levada ao prefeito Saulo Benevides.

Texto: Pedro Cordeiro

Santo André

Roberto Francisco da Silva, 99. Natural de Caldeirão Grande (BA). Dia 11. Crematório de Vila Alpina.

Malvina Bassoli de Almeida, 93. Natural de Sarandira (MG). Dia 9. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

Dirce Resende, 93. Natural de Igarapava (SP). Dia 13. Memorial Phoenix.

João Antonio da Silva, 69. Natural de Paraisopolis (MG). Dia 6. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Vila Curuçá.

São Bernardo

Matilde Marques, 69. Natural de São Bernardo. Dia 10. Cemitério de Vila Euclides.

Luiza Helena de Góis Cavalcanti, 65. Natural de São Paulo (SP). Dia 8. Cemitério de Vila Euclides.

São Caetano

Ada Sbravatti Azevedo, 91. Natural de Vila Rende (SP). Dia 11. Cemitério das Lágrimas.

Margarida Schwarz Rodrigues, 90. Natural de Porto União (SC). Dia 12. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.

Pedro Francisco Braga, 90. Natural de São Paulo (SP). Dia 10. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.

Albertina Guenieri Areias, 87. Natural de Sertãozinho (SP). Dia 10. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.

Diadema

Deoclecio José da Silva, 81. Natural de Escada (PE). Dia 11. Cemitério Municipal.

José Duarte Fernandes, 62. Natural de Santo Anastácio (SP). Dia 10. Cemitério Municipal.

Mauá

Eufelia Grecco Torres, 93. Natural de Ribeirão Pires. Dia 9. Cemitério da Saúde, Vila Vitória.

Manoel Francisco Pereira, 92. Natural de Saúde (BA). Dia 11. Cemitério Santa Lídia.

Ribeirão Pires

Rosa Giachello, 105. Natural de Campinas (SP). Dia 7. Cemitério São José.

Virgulina de Meirelles Assis, 87. Natural de Lorena (SP). Dia 8. Cemitério São José.

Serviços Funerários: Santo André – 4433-3544; São Bernardo – 4330-4527; Diadema – 4056-1045; Mauá – 4514-7399; Ribeirão Pires – 4828-1436; Rio Grande da Serra – 4820-4353. 




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