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No Sul, Serra volta a criticar o chefe da Nação
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
23/10/2010 | 07:06
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O candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, voltou a criticar o presidente Lula pela postura diante da confusão ocorrida no Rio de Janeiro, quando foi acertado por objetos jogados por cabos eleitorais de Dilma Rousseff (PT), que trocavam empurrões com apoiadores de sua candidatura.

"A meu ver o presidente da República dando aval a esse tipo de manifestação acaba estimulando que outras se repitam", reclamou, durante ato político no qual recebeu apoio da senadora eleita Ana Amélia Lemos e do PP do Rio Grande do Sul.

O tucano insistiu ter sido vitima de agressão cometida "não por militantes comuns", mas por agentes de segurança. Também afirmou que o PT tem a "concepção de que adversário é inimigo e precisa ser punido com mentira ou violência, se for preciso".

Também admitiu que ficou decepcionado com as declarações do presidente que teria se comportado "como simples militante partidário" em vez de se portar de acordo com o cargo que ocupa. "A palavra dele tem outro valor", afirmou, referindo-se ao peso de declaração presidencial.

No mesmo tom, Ana Amélia Lemos manifestou-se solidária a Serra e criticou Lula por atitude que não considerou adequada à responsabilidade institucional que ele tem como presidente. "Temos que preservar a democracia como patrimônio da sociedade brasileira. E esse patrimônio tem que ser guardado pelo guardião de todos nós, que é o presidente".

A senadora eleita também pediu que Lula reconsidere o ato cometido ontem, que qualificou de agressão não só a Serra, mas também aos seus milhões de eleitores.

Serra considerou esta campanha a mais dura da história política brasileira, reclamou de todo o dia ver sua biografia revisada "por eles" na televisão. E também atacou os adversários, ao afirmar que a candidata "foi no Rio Grande do Sul uma batalhadora pela privatização da CRT (Companhia Riograndense de Telecomunicações)", em referência a estudos que teriam sido feitos à época do governo Alceu Collares (PDT), antecessor de Antonio Britto (PMDB), que vendeu a estatal.

Questionado sobre provocação de Dilma, que disse que ele deveria detalhar melhor suas propostas econômicas, Serra respondeu: "Parece brincadeira; ela uma hora diz que juro alto é bom, outra hora o juro baixo está... Ela não tem propriamente posições, ela tem o que os marqueteiros instruem. Você pode estar certo que ela não tem nenhuma ideia a respeito. Ela exigir de mim é até engraçado".

Serra considerou ainda que as pesquisas tem errado "fragorosamente". "No primeiro turno davam a Dilma como vencedora. Não é que Marina e eu viramos, é que o resultado era fantasioso", afirmou. "No segundo turno está voltando aquele mesmo esquema de ilusão."

ATO NA REGIÃO
O deputado estadual Orlando Morando (PSDB-São Bernardo) organiza hoje de manhã carreatas pró-Serra nas sete cidades do Grande ABC. "Vamos preencher toda a região, mostrar a força do Serra, mas sem complicar o trânsito. Campanha é para agradar", defende o parlamentar.




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