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Diadema leva arte para dentro das fábricas
Nelson Albuquerque
Do Diário do Grande ABC
09/05/2004 | 18:02
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  Diadema inicia nesta segunda-feira a fase experimental do projeto Arte e Cultura na Fábrica. Do lado da Prefeitura, o diretor de Cultura, Esporte e Lazer, José Tadeu Mota, diz que a intenção é divulgar os projetos artísticos da cidade e abrir novas possibilidades de espaço para exibição. Do outro lado, quem recebe a atração espera enriquecer o conhecimento dos funcionários com arte de qualidade.

Nesta segunda, às 11h30, duas apresentações musicais acontecem em indústrias metalúrgicas. No Jardim das Nações, os funcionários da Papaiz assistem à exibição da Banda Jazz Sinfônica de Diadema. E, na Vila Conceição, o Canto Coral Juvenil da Casa da Música se apresenta para os trabalhadores da empresa Metalpart.

“Vamos avaliar essas experiências”, diz o diretor de Cultura. Se os resultados forem positivos, o projeto ganhará um calendário fixo a ser desenvolvido conjuntamente com os sindicatos de diferentes setores e com as próprias empresas. A agenda deverá atender aos cerca de 70 mil trabalhadores das indústrias do município. “A produção cultural da cidade é grande, podemos incluir literatura, teatro e outras linguagens”, afirma Mota.

A vice-presidente administrativa da Papaiz, Sandra Papaiz, acredita que o programa deve agradar aos funcionários. “Não é verdade que o trabalhador não tem cultura, não tem sensibilidade. Ele pode muito bem ouvir música erudita e apreciar”, disse. Sandra entende que a empresa também é beneficiada: “uma pessoa feliz, num ambiente agradável, tende a produzir melhor”.

O maestro da Jazz Sinfônica, Alailton Assumpção, preparou um repertório de música de compositores brasileiros. A formação completa da banda, com seus 31 músicos, estará presente na Papaiz. A apresentação também terá teor didático. “Comparamos a organização da banda, a inter-relação de naipes, com a organização da firma”, diz Assumpção.

Será a primeira vez que a Jazz Sinfônica toca exclusivamente para um público de funcionários em seu ambiente de trabalho. “Estamos promovendo a essas pessoas o acesso a linguagens artísticas que, às vezes, estão distantes de seu cotidiano”, afirma o maestro.

Para o diretor de Cultura, facilitar a aproximação desse público com a arte pode motivá-lo se interessar pelo assunto. “Conhecendo os projetos culturais, o trabalhador poderá aos fins de semana ir ao teatro ou a outros espaços”, afirma Mota.




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