Embalado por mais série de números positivos do varejo, o presidente da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), Roque Pellizzaro Junior, voltou a elevar ontem a projeção para as vendas de Natal. Segundo ele, o comércio deve vender 12% a mais em 2010 do que nos dias que antecederam as festas de 2009. Há um mês, a previsão era de alta de 10% para a melhor data do ano para o setor.
Para todo o ano, a expectativa foi mantida em 10% de crescimento. "Os números mensais estão subindo, tenho que repensar o processo", justificou o presidente da entidade. De forma geral, os dados do comércio seguem positivos, com redução da inadimplência e aumento das consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), que é o termômetro das vendas a prazo.
Nas vésperas da comemoração de Dia das Crianças, por exemplo, o setor registrou aumento de 12,8% das vendas na comparação com o mesmo período de 2009. De acordo com o presidente da CNDL, como a data foi positiva, é sinal de que o resto do mês não foi tão bom para o comércio.
"O número é um pouco decepcionante: não é ruim, mas não era o esperado", comentou. Para novembro, a expectativa é positiva porque é aguardada a injeção da primeira parcela do 13º salário na economia", argumenta.
Pellizzaro prometeu também fazer movimento de identificação de políticos que defenderem a retomada da CPMF, o imposto do cheque.
"Vamos dar divulgação plena aos mentirosos", disse. O presidente da CNDL mostrou descontentamento com o fato de o assunto apenas ter vindo à tona após as eleições.
"Isso é estelionato eleitoral, pois o povo tinha o fim da CPMF como definitivo", argumentou.
O lojista deixou claro que qualquer incidência de nova contribuição será repassada automaticamente para o produto. "Todo imposto termina sempre em sua excelência, o consumidor", resumiu.
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