Memória Titulo
Ele dá o nome ao terminal de São Caetano

Trinta anos sem Nicolau Delic, nome do terminal rodoviário do Centro de São Caetano

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
23/10/2010 | 00:00
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"Nascido no dia 27 de agosto de 1929, Nicolau Delic tornou-se figura de real destaque da vida pública e empresarial de São Caetano, razão pela qual, exercendo a chefia do Executivo, quando da construção do terminal rodoviário da cidade, perpetuamos seu nome naquele próprio municipal".

Raimundo da Cunha Leite, revista Raízes: dezembro de 1999.

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Trinta anos sem Nicolau Delic, nome do terminal rodoviário do Centro de São Caetano. Às novas gerações, um pouco da vida do homenageado, que faleceu em 1980.

Por que Nicolau Delic?
Texto: Hermano Pini Filho
Conheci Nicolau Delic quando de minha rápida passagem pelo Jornal de São Caetano. Fui lá trabalhar em 1957, a convite de Walter Thomé, que então orientava a redação do jornal. Nicolau Delic era o diretor, e dizia saber mais de política que de jornal. Mas sendo inteligente, não demorou a entender bem tanto de política quanto de jornal.

A redação do semanário ocupava a sala 16, depois passou para as salas 28 e 29 do prédio da Rua Santa Catarina nº 55, onde em noites de fins de semana o jornal era finalizado. Equipe diminuta. Um jovem estudante, João da Costa Faria, hoje advogado ocupando importante cargo na Prefeitura são-caetanense, encarregava-se do noticiário de esportes. Às vezes Mário Porfírio Rodrigues, um dos fundadores do jornal e na época diretor da fábrica Pan, dos chocolates, lá comparecia e colaborava.

Os trabalhos iam até altas horas, isso enquanto o síndico do prédio permitiu que ficássemos no local após as 22h. Logo impediu, achando que o prédio deveria fechar às 10h da noite. Que fazer?

O jeito era adiantar os trabalhos para que o jornal ficasse pronto, na parte de redação, às 22h. Isso quase nunca acontecia. No horário fatal reuníamos todo o material, inclusive máquina de escrever, para várias vezes concluir o trabalho na casa de Walter Thomé, que ficava na Rua Archinto Ferrari.

Para lá íamos: Delic, Thomé e eu. Sempre o tempo era curto, porque por volta da 1h da manhã eu, que residia em Rudge Ramos, precisava ir para casa. A parte espinhosa ficava para Thomé. Ele, já doente (faleceu em fins de 1959), no dia seguinte redigia o que faltava e conduzia todo o material para a oficina gráfica da Última Hora, em São Paulo, onde o jornal era composto e impresso. Lá um competente gráfico, Paquito (Francisco Cantero), cuidava da diagramação e supervisionava a impressão.

Deixei o jornal no início de 1960. Logo assumiu a vaga Oto Diringer, jornalista que anos depois esteve neste Diário. Ele faleceu em Peruíbe e hoje é nome de rua naquela cidade do litoral paulista.

Nicolau Delic continuou no jornal e na política (foi vereador de 1965 a 1973, na quinta a sexta Legislaturas), dividindo seu tempo com atividades na área empresarial. Procurou-me em 1964 para trabalhar com ele. Não pude aceitar, estava já em outro rumo.

A Câmara Municipal de São Caetano registra que Nicolau Delic nasceu em Presidente Prudente (SP), no dia 27 de agosto de 1929. Morreu em São Caetano em 1º de outubro de 1980.

USP FM (93,7) - Memória. Alma Sertaneja e Quando canta o Brasil (segunda parte). Produção e apresentação: Milton Parron. Trabalhos técnicos: Cido Tavares. Hoje, às 9h.

Trianon AM (740). Quinta Avenida. Hoje: Cab Caloway e banda; Chet Baker (trompetista e cantor) e Julie London; amanhã: trompetista Harry James e banda. Produção e apresentação: Ronaldo Benvenga; coordenação: Lucas Neto. Hoje, às 19h; amanhã, às 9h. Na internet: www.comercialderadio.com.br e www.quintaavenida.mus.br

Bandeirantes AM (840) e FM (90,9). Memória. Manezinho Araújo, o Rei da Embolada (Cabo de Santo Agostinho, PE, 1913-1993). Produção e apresentação: Milton Parron. Hoje, às 23h, com reprise amanhã, às 5h.

Eldorado AM (700). Brasil em Todos os Tempos. Produção e apresentação: Geraldo Nunes. Hoje, às 23h; amanhã, às 6h e 12h.

ABC AM (1570). Viagem no Tempo. Silvinho canta Amor ingrato (composição própria), a pedido da ouvinte Marcília Nogueira, do Itaim. E mais: Luiz Miguel, Perfídia (de Alberto Domingues); trilha do filme Vigilante Rodoviário, sucesso da TV brasileira nos anos 1960. Produção e apresentação: Marcelo Duarte. Amanhã, das 8h às 9h. Contatos: viagemnotempo@radioabc.com.br

Pérola da Serra (87,5). Reminiscências. Histórias de Giacomo Bressan, que teve um quiosque na velha Ribeirão Pires. Produção e apresentação: Américo e Lina Del Corto; e a participação de Octavio David Filho, Idmir Pedro dos Santos, Walter Gallo, Idair F. Santos, Antonio Simões, Pedro Cordeiro e Ademar Bertoldo. Amanhã, das 9h às 12h. Visite o site: www.peroladaserrafm.com.br

Trabalhadores
Nasce em 23 de outubro:

1910 - João Luiz de Souza. Operário da Rhodia. Residia no bairro Sacadura Cabral.
Crédito: 1º livro geral de registro dos associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

HOJE

Dia da Aviação Brasileira, Dia do Aviador e Dia de Santos Dumont.

Domingo, 23 de outubro de 1960
Manchete - Prefeito Gimenez propõe plano de ação para Santo André

Manchete - Figueiredo promete fazer consultas a homens de empresa

Editorial - Eleições em 82: teste final da abertura

Primeiro Plano (Eduardo Camargo) - Sistema de Poupança brasileiro é elogiado.
Diadema - Aluna Regina Célia Alves, 14 anos, da EEPG Filinto Muller, vence concurso literário promovido pelo governo do Estado e Câmara Brasileira do Livro.

Polícia - Desastre e mortes na Imigrantes.

1945 - Valdir Francischetti, empresário e esportista, nasce em Valparaíso (SP). Reside em Santo André desde 1957.
1970 - Associação Paroquial São Judas Tadeu, de Santo André, realiza sessão no Cine Tangará pró-construção do ginásio de esportes da igreja.

- Advogado Antonio Possidonio Sampaio, de Santo André, lança o livro A arte da paquera.

Começa o 2º Festival Estudantil da MPB no Teatro Paulo Machado de Carvalho, em São Caetano, promoção do Rotaract e Club dos Castores.

SANTOS DO DIA

João Bondoso, João de Capistrano, Odete e Vero.

Na estampa, Santo Antonio Maria Claret, sacerdote espanhol (1807-1870). Foi arcebispo de Cuba. Sua festa litúrgica é celebrada em 24 de outubro.
Crédito da estampa: acervo Vangelista Bazani (Gili) e João de Deus Martinez.

Falecimentos

SHIZUKO MARIA LUCIANO DA SILVA
(Nagoya, Japão, 6-6-1912 - Santo André 14-10-2010)

Com 3 anos Shizuko veio para o Brasil. Ela e toda a família. Cresceu no interior de São Paulo ouvindo a história da travessia, sentindo a perda de uma tia em plena viagem. A família Omia se estabelece na Noroeste Paulista. Shizuko cresce, aprende o português e o japonês, casa-se com um brasileiro, Benedito Luciano da Silva, e dá à luz 16 filhos. Sabem quem foi a parteira? Dona Fujie Omia, mãe de Shizuko, que nunca aprendeu o português - daí porque os filhos e netos aprenderam com ela a língua japonesa.

Na última contagem, feita alguns anos atrás, a família contabilizou 67 netos, 87 bisnetos e 14 tataranetos do casal Shizuko-Benedito.

Desde 1963, dona Shizuko tinha contato com Santo André. Visitava sempre a filha Tereza, mas retornava para o Interior. Até se mudar em definitivo para a cidade no ano 2000.

"Ela era um amor de pessoa, não tinha boca para nada. Era alegre, caseira, muito amiga das vizinhas, e deixou muitos exemplos", conta a filha Tereza Luciana da Silva Pestana.

Entre os exemplos que dona Shizuko pregava estava o de não ser mal-educado com ninguém, respeitar ricos e pobres, ser atencioso com os idosos e pedir bênção aos pais e avós.

Dona Shizuko também era católica. Nossa Senhora Aparecida era sua santinha do coração. Frequentava a igreja Imaculada Conceição, na Cidade dos Meninos. Ultimamente, a cada 15 dias, um ministro da Eucaristia vinha à sua casa para ofertar a comunhão.

O trabalho em fazendas do café em cidades como Promissão, Rinópolis, Oswaldo Cruz, Parapuã. A dedicação dos pais Monjiro Omia e dona Fujie. A perda do marido Benedito na segunda metade da década de 1950. As viagens até Santo André para visitar a filha. Tudo era lembrado por dona Shizuko, que faleceu aos 98 anos. Está sepultada no Cemitério Nossa Senhora do Carmo, no bairro Curuçá.

SÃO BERNARDO
Joaquim Francisco, 92. Natural de Portugal. Dia 20. Cemitério de Vila Euclides.
Annemarie Rego Lins, 83. Natural da Austrália. Dia 20. Crematório de Vila Alpina.
Joanna Garrido Martins, 83. Natural de Atibaia (SP). Dia 20. Cemitério do Baeta.
Zoraida Benisio dos Santos, 87. Natural de Boa Esperança (MG). Dia 20. Cemitério dos Casa.
Simão Stoianor, 60. Natural de São Paulo (SP). Dia 20. Cemitério dos Casa.

SÃO CAETANO
Adelermo Morcelle, 89. Dia 12. Cemitério da Cerâmica.
Ana Polônio Palmieri, 89. Dia 12. Cemitério da Cerâmica.
Manoel Manduca Dantas, 82. Dia 11. Cemitério da Cerâmica.
Helena Manol Paschoal, 75. Dia 12. Cemitério da Cerâmica.




Comentários

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