Quem não conhece acha moleza, mas para se dar bem no squash tem de ter muito fôlego e treinar bastante. Pelo menos é o que garantem Caio Carvalho Magnani, 14 anos, de São Bernardo, e Mairin Del Corto Motta, 16, de Ribeirão Pires, que estão treinado para disputar o Colombia Squash Open Júnior, torneio que será realizado em Bogotá, em abril. Eles farão a estreia no circuito sulamericano, com o desafio de conseguir entrar no ranking da categoria na América do Sul.

O squash é parecido com o tênis. A diferença é que os jogadores ficam um ao lado do outro e batem a bolinha (de borracha e oca) em uma parede. "Todos sempre perguntam qual é a graça de jogar numa parede", diz Caio. Mas isso não é fácil. Eles treinam diariamente por quase três horas e perto da competição passam quase o dia todo na quadra.

Também é difícil conciliar os treinos com as responsabilidades da escola e ainda curtir festas com amigos. "As pessoas falam que eu não aproveito a vida enquanto sou jovem, mas gosto do que faço e sonho em me tornar profissional bem sucedida. É por isso que abro mão de algumas coisas", conta Mairin. E seu esforço é recompensado: venceu o Campeonato Brasileiro de Squash na categoria Sub-17 e já garantiu vaga para o mundial no Equador, em julho.

Ao contrário da amiga, que pratica o esporte há três anos, Caio joga há pouco mais de um ano e não vê a hora de ter grandes conquistas. "Não imaginava que disputar um esporte tão diferente e que poucas pessoas conhecem poderia me dar tantas oportunidades", conta.

Saiba mais
O squash usa raquete diferente da de tênis, apesar de o esporte ser parecido, e uma bola pequena. É disputado em quadra fechada, com paredes de vidro; no Brasil, a maioria tem só o fundo da quadra de vidro. A bola é considerada fora se bater no teto ou acima de certa altura na parede. Pode ser jogado entre dois atletas ou duas duplas. Em cada jogada, a bolinha tem que bater obrigatoriamente uma vez na parede da frente, mas só pode quicar uma vez no chão. Isso garante um ponto.

O squash foi incluído nos Jogos Pan-americanos em 1995, mas ainda não é esporte olímpico. Malásia e Egito têm os melhores jogadores do mundo.