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Medo de IOF mantém estrangeiro em fuga
23/10/2010 | 07:05
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Tal como anteontem, a Bovespa voltou a assistir fuga de capital externo ontem, motivada pelas crescentes preocupações de investidores estrangeiros de que o governo amplie o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre capital externo também no mercado de ações, como já fez na renda fixa, ou adote até mesmo outras medidas restritivas, como a quarentena. Esses temores foram reforçados à tarde por declarações do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, de que o governo tem "grande quantidade" de medidas em estudo (para controlar o mercado de câmbio), que poderão ser lançadas a qualquer momento, conforme a situação exigir.

Paulo Hegg, operador da Um Investimentos, diz que as saídas de capital estrangeiro e intensificaram desde quinta-feira. "Os investidores vão ficar atentos ao movimento do câmbio local em reação às recentes medidas do governo e às decisões do encontro do G-20 neste fim de semana. Uma continuidade da desvalorização do dólar aumentará mais o receio de que o governo venha a adotar restrições também na renda variável."

A Bolsa fechou em queda de 0,18%, aos 69.529,73 pontos. Ao longo da sessão, o Ibovespa oscilou entre a máxima de 70.311,61 pontos, em alta de 0,95%, à mínima de 68.847,04 pontos, em queda de 1,16%. O volume financeiro atingiu R$ 6,213 bilhões, ante R$ 7,323 bilhões anteontem. A baixada Bovespa só não foi maior porque as ações das siderúrgicas subiram fortemente, por causa de medida da Receita Federal que restringe importações de aço.

Nos Estados Unidos, em dia sem divulgação de indicadores econômicos relevantes no país, as desconfianças sobre medida consensual para solução da guerra cambial global na reunião do G-20 imprimiram cautela aos investidores.

As bolsas norte-americanas fecharam em direções divergentes. O Dow Jones caiu 0,13%, deprimido pela redução de lucros da Verizon e por preocupações com a American Express, em razão da fraca demanda por novos empréstimos. Já o Nasdaq subiu 0,80% e o S&P500 avançou 0,24%.

O dólar à vista fechou cotada a R$ 1,706, em alta de 0,65% no balcão, e a R$ 1,7065 (+0,59%) na BM&F.




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