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Inaugurado há 7 meses, camelódromo de Mauá não tem prazo para abrir
Evandro Enoshita
Do Diário do Grande ABC
11/07/2009 | 07:05
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Quase sete meses após a inauguração simbólica do Shopping Popular de Mauá, os ambulantes ainda não sabem quando poderão trocar as suas barracas de lona e madeira pelos boxes de vidro e concreto do novo centro de compras.

Segundo o presidente da Amespem (Associação dos Micro Empresários e Permissionários do Shopping Popular do Município de Mauá), Luiz Carlos de Sales, 37 anos, faltariam apenas a conclusão de parte da cobertura e do projeto paisagístico do local. "Está quase pronto, mas ainda não temos uma previsão. Estou constantemente em contato com a Prefeitura, mas tudo depende dela", ressaltou. Procurada, a Prefeitura de Mauá não se manifestou.

O Diário teve acesso às instalações e pode constatar que, aparentemente, está pronto para operar. Alguns boxes já contam inclusive com letreiros, outros, já estão com a pintura feita.

 Apesar desse clima de aparente ordem, entretanto, os comerciantes informais reclamam da falta de organização. A ambulante Francisca de Souza, 47, é uma das que não está satisfeita. No antigo camelódromo, ela era proprietária de um box quase na porta do centro de compras. Agora, lhe reservaram um espaço no mezanino.

"Eu só quero o meu box de volta. Ele ficava em um lugar bom, agora vai ficar escondido. Isso daqui está muito desorganizado, já falaram em tantas datas para a inauguração, e até agora nada", afirmou.

Entre os ambulantes, foi unanimidade também a rejeição em relação ao valor que será cobrado pelo uso dos boxes. Nas instalações antigas, era cobrada uma taxa de manutenção na casa dos R$ 80. No novo espaço, o valor definido foi de R$ 300, valor que não inclui a taxa de condomínio, que ainda não foi fixada.

Incêndio - De uma solução temporária, as barraquinhas da Rua do Comércio acabaram se integrando a paisagem do Centro de Mauá. Desde o incêndio que destruiu o antigo shopping popular, em janeiro de 2005, é lá que aguardam os comerciantes do local. Desde então, eles foram informados de várias datas para a reconstrução do centro de compras.

Só em 2008, foram seis previsões diferentes por parte da Prefeitura, até a inauguração simbólica, em dezembro, quando os boxes ainda estavam na fase inicial de construção.

Ambulante há 11 anos, Maria Lucinete da Costa, 47, aguarda ansiosamente a mudança. "O incêndio para mim foi um choque. Perdi muita coisa, e para voltar para a rua, foi preciso me adaptar. Agora vou fazer o caminho de volta."




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