Por meio desse tratado de amizade, os dois países se comprometeram a fazer esforços "pelo equilíbrio estratégico mundial e pela estabilidade", segundo o texto divulgado.
O último tratado deste tipo foi firmado em 1950 entre a URSS e a China comunista, mas não serviu para evitar confrontos fronteiriços em 1969.
O documento firmado destacou o apego dos dois países "aos acordos chaves que são a base da estabilidade estratégica", em uma alusão ao tratado ABM de 1972 que os norte-americanos querem abandonar para poder instalar seu escudo antimísseis.
Em Pequim, o Governo chinês condenou esta segunda-feira o programa antimísseis dos Estados Unidos, um dia depois do teste (com sucesso) de interceptação de um míssil intercontinental norte-americano por outro míssil.
"A China estima que os Estados Unidos ignoram as reservas e a oposição da comunidade internacional com sua insistência em aplicar um projeto de instalação de sistema de defesa antimísseis contrário ao tratado antimísseis balísticos (ABM)", declarou à AFP um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores.
"Tudo isto não é favorável à estabilidade e equilíbrio estratégico mundiais", adiantou.
Após dois fracassos, em janeiro e julho de 2000, o Governo norte-americano e o grupo aeronáutico e de defesa Boeing tiveram êxito no teste de interceptação de um míssil intercontinental, utilizando um míssil interceptor associado a um foguete a propulsão e a um "veículo extra-atmosférico destrutor" (EKV).
Embora os detalhes do projeto ainda não estejam claros, a base do escudo antimísseis NMD do presidente George W Bush seria este "míssil destrutor".
O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, declarou em uma entrevista publicada sábado pelo jornal Washington Post, que o tratado ABM estava "obsoleto".
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