Economia Titulo
Honda amplia produção de motocicletas
Marcelo Monegato
Enviado a Manaus
16/10/2010 | 07:07
Compartilhar notícia


A história de que em time que está ganhando - mesmo que de goleada - não se mexe não existe para os japoneses da Honda quando o assunto é motocicleta. Líder absoluta do segmento duas rodas com 77% do mercado, a marca inaugurou anteontem, em Manaus (AM), sua segunda linha de montagem com um objetivo claro: tornar-se cada vez mais soberana.

A unidade fabril HDA II tem capacidade de produção de 500 mil motos por ano, de acordo com o presidente da Honda América do Sul, Sho Minekawa. No entanto, inicialmente serão produzidas 300 mil unidades dos modelos Biz 125 (70% do total), Pop 100 (20%) e Lead 110 (10%). Até 2013, a previsão é de que este número atinja o patamar de 415 mil magrelas anuais.

Com a inauguração desta nova unidade de 21.750 metros quadrados, o complexo da Honda na capital amazonense amplia para 2 milhões de motocicletas por ano seu potencial de produção. Para este ano, no entanto, a previsão é de que sejam fabricadas 1,43 milhão de unidades - crescimento de aproximadamente 15% em relação ao ano passado.

De acordo com Minekawa, a unidade "demorou dois anos para ser contruída e está pronta desde o ano passado. No entato, devido à crise mundial, o início da produção foi postergado." As obras custaram R$ 90 milhões. A planta que opera atualmente conta com 760 funcionários - divididos em dois turnos de produção.

A fábrica da Honda em Manaus é considerada uma das mais eficientes do grupo em todo o mundo. E a inauguração desta nova unidade confirma tal característica. A cada 39 segundos uma Biz deixa a linha de montagem, mesmo tempo em que sai uma Pop. Já para cuspir no final da linha de montagem um scooter Lead são necessários 49 segundos. "O ritmo de produção é constante e intenso", explica Thiago Miranda, chefe de projetos da HDA II.

São oito processos de produção, que passam por solda de tanque de combustível e chassi, pintura, componentes e motores, além da linha de montagem de motocicletas. "Temos também fabricação de assentos. Pouquíssimas fábricas no mundo fazem seus próprios assentos na mesma unidade", revela Miranda, deixando claro que muitas peças são fabricadas dentro do complexo da Honda ou na Zona Franca de Manuas.

"Poucos componentes vêm de fora. Atualmente, o índice de nacionalização é de 90%."
Além da organização nipônica - todos os funcionários estão devidamente vestidos com macacões brancos -, muitas mulheres ocupam toda a linha de montagem, que hoje produz 1.350 motocicletas, aproximadamente, por dia. Parte da agilidade da produção passa pelo sistema de transportador aéreo (suporte que carrega o quadro das motocicletas) em toda a linha de montagem, que determina o ritmo da montagem das motocicletas.

Durante todo o processo, peças são selecionadas aleatoriamente para inspeção de qualidade. Ao final, colaboradores que se diferenciam pela cor do boné - azul, em vez de verde, como os demais - realizam avaliação visual da moto. "Nosso índice de aprovação das magrelas fabricadas sem nenhum problema é de 95%. As que são rejeitadas passam por reparos. Não são descartadas", explica o chefe de projetos.

Antes de serem embaladas e seguirem para as concessionárias Honda em todo o Brasil, 7% das motocicletas passam por teste de rodagem em uma pequena pista ao lado da HDA II, na quente Manaus.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;