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Japão: partido da situação tem vantagem nas pesquisas
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24/11/2014 | 04:47
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A apenas três semanas das eleições parlamentares no Japão, o Partido Liberal Democrata, do primeiro-ministro Shinzo Abe, aparece nas pesquisas com ampla vantagem em relação aos opositores. Em levantamento divulgado nesta segunda-feira por alguns dos principais jornais do país, mais de um terço dos japoneses respondeu que pretende votar no grupo de Abe.

O porcentual é mais de três vezes maior que o apoio recebido pelo principal partido de oposição, o Partido Democrático do Japão. A eleição acontecerá no próximo dia 14 de dezembro e foi antecipada para esta data pelo próprio primeiro-ministro, em uma tentativa de conquistar mais um mandato, com o objetivo principal de dar continuidade à sua política econômica, que, até o momento, não tem gerado bons frutos.

Há um pouco mais de uma semana, o governo divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolheu 1,6% no terceiro trimestre do ano, em relação a igual período do ano passado. É a segunda vez que o Japão recua em período de três meses na comparação anualizada, o que configura recessão técnica.

Muitos economistas atribuem o enfraquecimento da economia ao aumento do imposto sobre vendas anunciado em abril, que elevou a alíquota de 5% para 8%. Para evitar mais estragos, o primeiro-ministro adiou para abril de 2017 o segundo aumento do imposto, de 8% para 10%, inicialmente previsto para outubro do ano que vem.

Além disso, o Banco do Japão (BoJ) anunciou, no último dia 31 de outubro, um aumento no seu volume anual de compra de ativos para 80 trilhões de ienes, de uma faixa anterior de 60 trilhões de ienes a 70 trilhões de ienes.

A pesquisa encomendada pelo jornal Asahi Shimbun mostra que a aprovação para a gestão de Abe permanece inalterada em 39%. A pesquisa encomendada pelo Nikkei mostra que 51% dos eleitores desaprovam os esforços de Abe para tirar a economia da deflação. Seus esforços para impulsionar a economia ao longo dos últimos dois anos têm reforçado os lucros de muitas grandes empresas, mas os eleitores reclamam que não têm partilhado os benefícios. (André Ítalo Rocha, com informações da Dow Jones Newswires - andre.italo@estadao.com)




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