Cultura & Lazer Titulo Ypê Nakashima
Mostra homenageia pioneiro
02/06/2009 | 07:00
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Quem era criança nos anos 1950, época em que a televisão chegou ao Brasil, costumava ir para a cama com a imagem de um bonequinho vestido de camisolão e uma velinha em uma das mãos. O boneco bocejava, enquanto o jingle musical anunciava estar na hora de dormir, recomendando aos pequenos obedecer ao chamado da mamãe e cair na cama com os cobertores Parahyba. O desenhista do bonequinho sonolento era Ypê Nakashima, artista japonês nascido na província de Oita, em 1926, e morto em São Paulo, no dia 6 de abril de 1974, já consagrado como autor do primeiro longa-metragem colorido de animação produzido no País, Piconzé (1972), ganhador de vários prêmios importantes.

A animação será exibida amanhã e quinta-feira, no Espaço Cultural Fundação Japão, na Capital, dentro de uma exposição dedicada ao artista, que traz também o documentário Ypê Nakashima, dirigido por Hélio Ishii.

Para a estreia do documentário, sexta-feira, às 19h30, foi programada uma conversa com seus realizadores e convidados - Marcos Magalhães, do Festival Anima Mundi, e Olga Futemma, diretora adjunta da Cinemateca Brasileira, com mediação de Jo Takahashi, diretor de arte da Fundação Japão.

Nakashima chegou ao Brasil em 1956. Tinha 30 anos e uma vasta experiência como cartunista na imprensa japonesa. Além de realizar dezenas de apresentações animadas e sequências especiais para o cinema brasileiro, o artista desembarcou justamente no momento em que a TV brasileira dava seus primeiros passos - o que favoreceu muito o trabalho de desenhistas e ilustradores.Foi nessa época que Nakashima começou a pensar em desenhos animados. De 1959 a 1963, realizou uma dúzia de episódios envolvendo o simpático papagaio Papapapo, nunca exibidos comercialmente, segundo seu filho, Itsuo Nakashima , que assina com Hélio Ishii outro documentário da mostra, Aventura na Criação de Ypê Nakashima.




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