Setecidades Titulo Educação
Crianças ficam
sem creche por
tempo indeterminado

Imbróglio que envolve unidade conveniada em São Bernardo prejudica 142 pequenos

Por Thaís Moraes
Do Diário do Grande ABC
21/06/2013 | 07:00
Compartilhar notícia
Nário Barbosa/DGABC


As 142 crianças de zero a 3 anos matriculadas na Instituição Educativa Elísio Lara, administrada pela Opib (Organização Promovida IBR Lago), no Jardim Campestre, em São Bernardo, continuarão sem aula por tempo indeterminado. A paralisação no atendimento ocorre desde sexta-feira, depois que a Prefeitura rompeu o convênio mantido com a entidade. Com isso, 26 funcionários da entidade entraram em greve por falta de pagamento.

A fim de dialogar sobre a situação, mães e colaboradores da instituição estiveram na quarta-feira na Câmara Municipal. Na manhã de ontem, o mesmo grupo compareceu à Secretaria de Educação para conversar sobre possível desfecho com a secretária da Pasta, Cleuza Repulho.

“Decidimos romper o convênio com a Opib porque a entidade não tem prestado contas regularmente, com entrega sempre fora do prazo e questões pendentes. O atendimento continuará quando outra entidade assumir a creche. A dívida, avaliada em R$ 45 mil, seguirá sob responsabilidade da entidade e deverá ser reembolsada à Prefeitura”, explica Cleuza.

De acordo com a secretária, o presidente da entidade, Eliseu Santos, assinou o término do convênio no fim de maio de forma amigável para que o serviço não fosse suspenso. “Estávamos com a quantia disponível para fazer acerto, já que os funcionários serão demitidos e readmitidos com a nova entidade. Mas fomos surpreendidos por liminar na quinta-feira, na qual Eliseu pediu a liberação de recursos para pagar os funcionários e continuar o serviço. Vamos recorrer.”

Outro impasse que também impossibilita que nova instituição assuma prontamente é o fato de o prédio não pertencer à creche. A unidade escolar está instalada em terreno fornecido gratuitamente por uma igreja, em forma de comodato. Segundo Cleuza, já houve conversa com o departamento jurídico da paróquia, que pretende entrar com recurso para pedir de volta o local.

“Não tem previsão de quando outra entidade irá assumir enquanto as pendências judiciais não forem resolvidas. O problema é que o presidente não cumpriu nem com a palavra e nem com a assinatura no documento”, critica Cleuza.

Enquanto isso, funcionários não devem voltar às atividades enquanto não receberem salário, e mães ficam impossibilitadas de comparecer ao trabalho por não ter com quem deixar os filhos. De acordo com a diretora da creche, Elisabeth Pescara, a estimativa é que a situação só seja normalizada em agosto. “Formamos comissão de pais e colaboradores para que possamos conversar com o promotor do caso e também fizemos abaixo-assinado para que o presidente deixe a entidade,” conta. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;