Setecidades Titulo Bullying Religioso
MP ainda não foi notificado de arquivamento do caso

Órgão já ouviu todas as testemunhas citadas no episódio

Por Rafael Ribeiro
do Diário do Grande ABC
06/06/2012 | 07:00
Compartilhar notícia


O Ministério Público de São Bernardo ainda não foi notificado sobre a decisão da Secretaria da Educação do Estado de arquivar, por falta de provas, a investigação sobre a professora de História Roseli Tadeu Tavares de Santana. A educadora utilizava os 20 minutos iniciais de suas aulas na Escola Estadual Antonio Caputo, no Riacho Grande, para fazer orações.

O MP também apura paralelamente o caso, já que as pregações teriam incitado a prática de bullying contra um aluno de 15 anos, adepto do candomblé.

Segundo o promotor da Vara da Infância e Juventude Jairo Edward de Luca, o MP depende do parecer do Estado e do material colhido pela Delegacia de Ensino da cidade para dar sequência aos trâmites.

O órgão já ouviu todas as testemunhas citadas no episódio, como o aposentado Sebastião da Silveira, 64 anos, pai da vítima. Ele culpa a professora pelo bullying religioso sofrido pelo filho de 15. A própria Roseli e a direção da instituição também foram ouvidos. Não há prazo, entretanto, para definir se o inquérito civil será ou não instaurado.

A família do adolescente conta com o apoio da presidente da Afecab (Associação Federativa da Cultura e Cultos Afro-Brasileiros), Maria Emilia Campi, e do advogado da instituição, Jáder Freire de Macedo Júnior, que também é vice-presidente da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Eles entraram com o pedido de abertura de inquérito contra a professora.

"Não vamos aceitar isso tão facilmente", disse Maria Emília. Inconformada com a Educação, que chama de "corporativista", a família promete abrir processo contra o Estado. "Alguém vai ter de pagar pelo que meu filho passou", disse Silveira.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;