Se depender da base do governo do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), na Câmara, o vereador Chiquinho do Zaíra (PTdoB) fará parte da oposição. Na sessão de ontem, os governistas se uniram e derrubaram cinco requerimentos apresentados pelo parlamentar considerados indigestos para o Paço.

As proposituras se juntaram a outros dois requerimentos, também rejeitados, de Marcelo Oliveira (PT), único oposicionista declarado na Casa. A maioria dos documentos, tanto de autoria de Chiquinho quanto de Marcelo, exigia informações para o governo Atila sobre gastos do Executivo com diversas ações, como os valores depositados para a instalação dos enfeites natalinos em 2017.

Antes mesmo de serem votados, porém, Chiquinho já previa a derrota. “Um passarinho me contou que meus requerimentos serão rejeitados. De qualquer forma, posso propor uma CPI (para investigar os gastos com os enfeites). Provavelmente serei derrotado, mas é meu direito apresentar”, disse.

Chiquinho evita ser rotulado como oposicionista. Desde o ano passado, o parlamentar negocia internamente, sem sucesso, ingresso no governo Atila.

A derrota de ontem imposta a Chiquinho e a Marcelo foi comemorada pelo núcleo duro do Paço. A dupla até que tentou evitar o revés, pedindo o adiamento da votação dos requerimentos, mas também foram superados. “Espero que essa postura de hoje (ontem, de rejeitar os requerimentos) seja apenas posição política e não uma manobra para evitar a transparência”, criticou Marcelo.

DUPLA FUNÇÃO
A Câmara de Mauá aprovou, por unanimidade e em definitivo, projeto do vereador Gil Miranda (PRB), que modifica a LOM (Lei Orgânica Municipal) e permite que vereadores exerçam outras funções remuneradas e a vereança simultaneamente, “havendo compatibilidade de horários”.