A prefeitura de São Caetano, em parceria com a USCS (Universidade Municipal de São Caetano) e o Itescs (Instituto de Tecnologia de São Caetano), fará amanhã o lançamento oficial da incubadora de empresas das áreas de TI&C (Tecnologia de Informação e Comunicação) do município.

O Itescs, que congrega empresas do ramo de TI&C sediadas na cidade, desde 2005 tinha planos de montar iniciativa desse tipo - que se destina a dar apoio técnico e gerencial para o desenvolvimento de pequenos empreendimentos inovadores.

O empresário Francisco Soetl, que preside o instituto, cita que inicialmente o projeto foi submetido para convênio com o Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresa), mas por mudanças na estrutura dessa entidade, a parceria foi inviabilizada.

Agora, com o apoio da prefeitura, que disponibilizou recursos contratados junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) - cerca de R$ 150 mil -, e da USCS - que vai oferecer salas e ficará responsável pela gestão -, a incubadora sairá do papel.

Segundo o pró-reitor de graduação da USCS, José Turíbio de Oliveira, depois do lançamento oficial, deverá sair nos próximos meses o edital de chamada para potenciais incubados, ou seja, empreendedores que tenham projetos inovadores e que demonstrem, por meio de planos de negócios, a viabilidade econômica de suas futuras empresas.

Oliveira estima que será possível reunir no espaço reservado para a iniciativa - que contará com mobiliário de escritório, computadores, atendimento telefônico personalizado e internet - cerca de dez incubadas internas. Além dessas, outras que já tenham estrutura física instalada poderão receber a assistência administrativa e técnica e usufruir de salas de reunião e da participação em eventos.

Os empreendimentos apoiados terão dois anos para decolar no mercado, prazo em que receberão o suporte das entidades parceiras, o que incluirá o apoio do corpo docente e dos alunos de todos os cursos da universidade, segundo o pró-reitor.

Programa se destina a fortalecer vocação da cidade no setor

A iniciativa da incubadora é parte do esforço da prefeitura e também de empresários da cidade para desenvolver o segmento de TI (tecnologia de informação) do município.

A escolha desse setor, pela administração municipal, se deve ao fato de que a atividade exige pouco espaço - já que o município tem apenas 15,3 km² - e também porque já há grande número de pequenas empresas que atuam na atividade na cidade. Estima-se que sejam mais de 400.

Para o assessor de inovação e tecnologia da prefeitura, Fausto Cestari Filho, a experiência da incubadora deverá ajudar a fortalecer ainda mais a vocação na área de tecnologia de informação. Francisco Soetl, do Itescs, também mostra otimismo. "Existe grande potencial de inovação na cidade, que tem o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil", cita.

Ele lembra ainda que existem muitas instituições de nível superior na cidade (a USCS, o Instituto Mauá de Tecnologia, a Fatec) e na região, como a Universidade Metodista e a FEI, entre outras. "É incentivo para que os alunos dessas escolas busquem soluções inovadoras", afirma. Além disso, o futuro Espaço Cerâmica deverá abrigar também empresas de tecnologia. LF