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Ademir Fonseca diz não
temer prazo de validade
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
01/02/2011 | 07:01
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Apresentado ontem, Ademir Fonseca afirmou não temer o prazo de validade que costuma marcar a passagem de treinadores pelo São Caetano. Nas últimas temporadas, o clube tem trocado de técnico duas, três vezes ao ano. Nem sempre quem comanda a equipe no Paulista termina o ano à frente do grupo. O Azulão é o vice-lanterna, com dois pontos.

"Quando se assina contrato, não existe prazo de validade. Desafios são feitos para serem cumpridos", disse Fonseca, que acertou até o fim da Série B do Brasileiro.

Em 2010, a rotina no clube não foi diferente. Roberto Fonseca assumiu com o estadual já em andamento e foi vice do Troféu do Interior ao perder a final para o Botafogo (Ribeirão Preto). Apesar da conquista, perdeu a primeira partida da Série B - para o Figueirense - e foi demitido.

Com a chegada de Sérgio Guedes, treinador experiente e que em 2008 já havia sido vice Paulista no comando da Ponte Preta, o time deslanchou e figurou entre os quatro primeiros antes da parada para a Copa da África do Sul.

Na retomada da competição, porém, a equipe caiu de produção e ocorreu nova troca de técnico. Toninho Cecílio assumiu na 24ª rodada com a missão de botar o Azulão novamente nos trilhos e na briga pelo acesso. Teve 15 jogos para cumprir a meta. Não conseguiu.

Mesmo tendo feito o planejamento para a temporada 2011 e pedido reforços, não resistiu às duas derrotas iniciais no Paulistão. Ao todo, comandou o Azulão em 17 jogos, com cinco vitórias, cinco empates e sete derrotas. Ou seja, durou três meses.

Sabedor de que o que conta são os resultados, Ademir Fonseca não perdeu tempo e comandou o primeiro coletivo no Anacleto Campanella.

Já na estreia teve de postergar o início das atividades, previstas para as 16h, por conta do temporal que desabou no Grande ABC. O treino só começou às 17h20, após bate-papo breve entre técnico e jogadores no campo.

Embora na sexta-feira a diretoria do São Caetano tenha negado contatos com o treinador, Fonseca admitiu que já tinha sido sondado e que só de desvinculou do Oeste (Itápolis) porque o clube do interior paulista não queria liberá-lo. "Fui ético com eles. Falei que tinha uma proposta e que gostaria de ser liberado para ir atrás de um novo desafio na carreira. Não quiseram me liberar, então tive de pedir demissão", revelou.

Augusto Recife elogia o estilo PC Gusmão do novo treinador

Jogador dos mais experientes no São Caetano, o volante Augusto Recife aprovou o método de trabalho de Ademir Fonseca. Em seu primeiro coletivo à frente do elenco, o novo técnico ensaiou posicionamento de defesa e ataque batendo bola com os jogadores. O atleta, que já atuou em diversos clubes, trabalhou com treinadores da elite, como Vanderlei Luxemburgo, PC Gusmão e Muricy Ramalho, entre outros.

"Cada um tem um jeito. O estilo dele é parecido com o do PC Gusmão (ex-técnico do Vasco). É um motivador, algo importante, sobretudo no momento que enfrentamos", disse. O Azulão é o penúltimo no Paulista, com dois pontos.

O atleta destacou o fato de Fonseca atuar com os atletas em campo para ensaiar as jogadas. "Acho melhor esse estilo participativo. Acho que ele prefere assim, até porque foi jogador", opinou.

Fonseca também atuou como volante. Iniciou a carreira de jogador nas categorias de base do Botafogo (RJ) e passou por diversos clubes, entre os quais Santa Cruz, Santo André, Vitória (BA), Bragantino, Novo Horizontino e Ituano.

Neste último encerrou a carreira de atleta e inciou a de treinador, em 1997. "Disputávamos o acesso na Série A-2. O Pepe (ex-técnico) caiu e, como era uma espécie de líder do time, o bombeiro da equipe, um grupo de jogadores foi à diretoria e me indicou para assumir o cargo. Foi aí que começei", disse.

Como técnico, Fonseca já passou, entre outros, por Vila Nova (ajudou time escapar do rebaixamento na Série B em 2010), Bangu, Ipatinga e Mogi Mirim.




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