Tudo já era tanto para Tulipa Ruiz desde sua estreia profissional com 'Efêmera', em 2010. O mundo da música para a jovem santista descortinou-se na medida em que o sucesso do álbum lhe fez correr por todos os cantos do País e várias partes do mundo. Na estrada, ela pode entregar-se à sua verdadeira vocação de forma cada vez mais orgânica e espontânea. O resultado do caminho que ela trilhou, novo em folha, está em 'Tudo Tanto', seu segundo disco. A cantora se apresenta hoje e amanhã no Sesc Santo André. As entradas estão esgotadas.

"Minha preocupação ao gravar o disco era desfrutar do processo e fazer com amor e entrega. Esses ingredientes foram balsâmicos para que tudo desse certo. A minha experiência com o 'Efêmera' desembocou em 'Tudo Tanto'. Fiz mais shows e me estruturei enquanto equipe. Muita coisa aconteceu, tema de novela, Rock in Rio, turnês fora do país. Desde o começo de 'Efêmera' tudo já era tanto para mim. Uma avalanche de novidades", revela Tulipa ao Diário.

Além de "11 músicas fresquinhas para mostrar para o público", a cantora vem acompanhada de quarteto de cordas e madeiras e exibe na apresentação projeções da dupla Cinema de Mão, formada por Cecília Lucchesi e Fred Siewerdt.

Novas sonoridades permeiam o projeto, assim como a voz de Tulipa, que passeia mais à vontade do que nunca. "A sonoridade que desenvolvemos durante a turnê de 'Efêmera' desembocou nesse disco. Nos fortalecemos como banda, experimentamos coisas novas, timbramos mais."

As letras continuam inspiradas, desta vem com viés mais universal, crítico e analítico. "Fatores sociais influenciam no meu estado de espírito, somos impactados por fatores sociais o tempo todo. A música 'Dois Cafés' é um exemplo disso. Vejo o 'Efêmera' como um disco de fotografias do cotidiano, de sensações e sentimentos. Em 'Tudo Tanto' as fotografias viraram radiografias. Ele é mais subjetivo, mais denso. Para mim é um disco de camadas."