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Vereadores de São Caetano dão recado direto a Sidão

Após discussão, parlamentares deixaram o plenário para não votar projeto do presidente

Por Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
19/02/2014 | 06:43
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Andréa Iseki/DGABC


Os vereadores de São Caetano não escondem mais o descontentamento com o presidente da Casa, Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão (PSB). Na sessão de ontem, eles esvaziaram o plenário para não votar projeto da mesa diretora que cria três cargos de assessor legislativo.
Os trabalhos foram suspensos após apreciação de dois textos. Na sala de reunião, os parlamentares cobraram explicações sobre a série de denúncias em licitações do Legislativo – somente neste ano foram dois certames cancelados. O socialista declarou que não os explicaria, pois estava no seu direito de ficar calado.

A postura irritou os colegas, que resolveram se ausentar do plenário. Sidão reabriu os trabalhos para colocar os quatro textos restantes em análise, quando o vereador Fábio Palacio (PR) pediu que o quórum fosse verificado. Ao fazer a contagem, o presidente percebeu que havia apenas nove presentes – o regimento interno determina necessidade de dez para apreciação dos projetos.

Ao perceber que os demais não voltariam para o plenário, Sidão, nitidamente irritado, declarou a sessão encerrada. O presidente deixou o local rapidamente sem conversar com outros vereadores.

O clima tenso também foi ocasionado pela análise das contas do ex-prefeito e atual secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB), referentes ao ano de 2011. O líder do governo na Casa, Jorge Salgado (Pros), pediu suspensão dos trabalhos para explicar o parecer favorável do TCE (Tribunal de Contas do Estado). “Alguns vereadores não estavam seguros da decisão por causa dos apontamentos (em contratos), mas explicamos que é algo normal”, afirmou.

A bancada do PMDB votou contra a análise do tribunal. “Seria incoerente votar favorável depois de ser contra a administração passada e ler inconsistências no relatório. As contas públicas devem ser transparentes”, declarou o vereador José Quesada (PMDB).

O episódio revoltou o vereador Pio Mielo (PT). “Havia acordo e orientação do governo (de Paulo Pinheiro, PMDB) de dar um voto técnico, seguindo o parecer do TCE. Causou-me estranheza esse voto político do PMDB, que roeu a corda e acabou me expondo. Meu partido também queria que eu votasse contra, mas fui pela vontade da administração”, esbravejou.

POSSE
Airton Lauriano (PTB) tomou posse ontem como vereador, após Gérsio Sartori (PTB) pedir afastamento por um mês. “Quero fazer em um mês o mandato de um ano. Vou pedir ao prefeito que contrate mais 120 GCMs (Guardas-Civis Municipais)”, reiterou. A categoria ontem teve motivos para comemorar, pois a Câmara aprovou projeto de lei que cria gratificação de R$ 125 para os profissionais que realizarem turno de 12 horas em eventos especiais.
 




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