Palavra do Leitor Titulo
Mudanças na política macroeconômica

A recente alta do dólar nos remete às intervenções que o governo...

Dgabc
11/06/2012 | 00:00
Compartilhar notícia


Artigo

A recente alta do dólar nos remete às intervenções que o governo Dilma Rousseff tem feito no mercado de divisas, o que põe em dúvida a manutenção daquilo que ficou conhecido como o tripé de política macroeconômica - lado fiscal na geração de superavits primários, lado cambial no câmbio flutuante e pelo lado monetário - na busca do centro de meta da inflação. Com isso o País ganhou competitividade e crescimento de forma acelerada. Com ligação direta à redução da taxa básica de juros, que se aproxima dos seus níveis históricos de baixa e, aliado a aumento das alíquotas de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), reduzem a atratividade da economia brasileira aos capitais especulativos internacionais, que encontravam porto seguro no mercado local para suas lucrativas operações de arbitragem.

Neste sentido foi acertada a alteração nas regras de remuneração da caderneta de poupança, o que permitirá que se elimine o último entrave do mercado financeiro para que a Selic tenha rompida seu piso histórico a fim de que o País finalmente vislumbre sua entrada no seleto grupo de economias com custo de capital civilizado.

Entretanto é preciso atentar para alguns fatos que podem retardar o atingimento dos objetivos propostos:

1 - evitar que a depreciação do câmbio exerça pressão sobre a inflação, naquilo que os economistas chamam de pass through. Aqui é possível recorrer às reservas internacionais, evitando que o câmbio se distancie das bandas informais com as quais a equipe econômica trabalha;

2 - monitorar o nível da atividade econômica para evitar que elevação da demanda local possa exercer pressões pelo lado do consumo, o que obrigaria o Banco Central a reverter o sentido da Selic e recomeçar o ciclo de altas.

3 - Não abandonar a geração contínua de superavits primários. O controle fiscal mantém os gastos sob controle. Persistir na política de redução da relação dívida/PIB é fundamental para a redução das despesas com juros para os próximos anos.

O balanço das mudanças, ainda que não admitidas pelo atual governo, é positivo e permite que a economia brasileira, sem comprometer o equilíbrio fiscal, monetário e cambial, possa se adaptar ao atual cenário da economia mundial contemporânea.

Ricardo Balistiero é economista e coordenador do curso de Administração do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia.

PALAVRA DO LEITOR

Nova Lions

A obra melhorou a fluidez do trânsito principalmente pelas avenidas Senador Vergueiro e Vivaldi e Rua Brasil. Por outro lado, antigo problema, outrora equacionado, retornou. Trata-se do trânsito insuportável que voltou a se formar no nosso bairro Rudge Ramos, ao longo da Avenida Caminho do Mar, causado principalmente pela reabertura do acesso à Lions. Sou a favor de manter esse acesso aberto, com proibição para ônibus e caminhões! Mas é urgente a reabertura também do outro acesso anterior que se dava pela Rua 24 de Maio, atrás da Termomecânica, fechado após a inauguração da nova Lions. Seria mais uma opção aos motoristas e o trânsito iria se diluir.

Charles França, São Bernardo

Resposta

Em relação à carta do senhor Ailton Gomes (Metrô, dia 5), o governo do Estado faz questão de esclarecer que o Metrô de São Paulo, que transporta 4 milhões de passageiros por dia, passa por rigorosas e periódicas manutenções, sendo meio de transporte absolutamente seguro.

Além disso, o Metrô está em pleno processo de expansão. São Paulo é a única cidade do País - quiçá uma das únicas no mundo - que tem quatro linhas sendo construídas ou ampliadas simultaneamente: 2-Verde, 4-Amarela, 5-Lilás e 17-Ouro. O leitor, aliás, não precisa se preocupar com a Copa do Mundo. São Paulo é a única sede em que o estádio é abastecido por duas linhas do sistema metroferroviário: 3-Vermelha e 11-Coral. Juntas, essas linhas terão capacidade de transportar, em 2014, 120 mil passageiros por hora, mais do que o dobro dos 50 mil passageiros por hora exigidos pela Fifa. Quanto à Saúde pública, é preciso lembrar que o Estado de São Paulo possui hospitais públicos de primeira linha, como o Hospital das Clínicas, o Dante Pazzaneze, o Instituto do Câncer, todos referência na Saúde e com os melhores médicos do País.

Governo do Estado de São Paulo

Aeroportos

Por aqui está devagar, quase parando, mas Gana, na África, que não sediará Copa do Mundo ou Olimpíada, ganhou financiamento de US$ 174 milhões (R$ 350 milhões) do contribuinte brasileiro, através do BNDES, para construir o aeroporto internacional de Tamale, ao Norte da capital, Acra. A construtora Queiroz Galvão tocará a obra, sob a responsabilidade da administração portuária estatal Ghana Airport. No Brasil, 17 dos 20 principais aeroportos estão em ‘situação crítica', segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O estudo do Ipea atestou também que os investimentos nos aeroportos do Brasil ‘foram inferiores à necessidade'. Obsoletos e com instalações arcaicas, 12 dos nossos principais aeroportos operam acima do limite de sua capacidade, aponta o Ipea.

Luizinho Fernandes, São Bernardo

Vinte em uma hora!

Depois de esperar por três meses, passei por consulta com ortopedista no ambulatório do SUS da Ramiro Colleoni, em Santo André, na expectativa de que pudesse receber tratamento para o joelho e, quem sabe, poder usar a academia ao ar livre do prefeito Aidan. Quando chegou minha vez, sem nem olhar o local onde eu alegava sentir dor, o médico deu uma guia para fazer exame. Solicitei que passasse um remédio. Ele receitou medicamento que provoca mal-estar em quem tem problemas gástricos, sem ao menos me perguntar. O que o SUS e a Prefeitura dizem a respeito de profissional por eles contratado que atende cerca de 20 pacientes em uma hora. Doutor Aidan, de que adianta academias ao ar livre sem acompanhamento de profissionais habilitados? A Saúde de Santo André foi colocada de vez na UTI e respira com aparelhos de péssima qualidade!

Ivan Maciel Viana, Santo André 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;