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Esgoto corre a céu aberto há um mês

Problema começa na Rua Salesiana e se estende pela Rua Éden, no Jardim Santo André

Caroline Garcia
Especial para o Diário
18/06/2012 | 07:00
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O esgoto que escorre a céu aberto pela Rua Éden, no Jardim Santo André, em Santo André, vem da altura do número 575 de uma comunidade na Rua Salesiana. O problema já dura mais de um mês. Revoltados, os vizinhos acumulam protocolos sem solução.

Na semana passada, no último contato que o aposentado José Wilson Barbosa, 53 anos, fez com o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), a resposta foi que, por ser um lugar caracterizado como favela, não poderia ser resolvido o problema, já que não há tubulação de esgoto regular instalada ali.

"Estamos sendo prejudicados, apesar de pagar água e esgoto normalmente e em dia. Quando faz sol, o mau cheiro fica insuportável. O esgoto de cor amarelada escorre pela rua dia e noite, e não é por nossa culpa", reclamou Barbosa.

Na Rua Éden também está instalada a EE Professor Edevaldo Perassi. Os alunos pisam diariamente no esgoto para chegar à escola. "Tem criança que vem de chinelo. Eles não estão vendo, mas isso traz doenças, é perigoso", opinou o aposentado Roberto Tadeu Mori, 58.

Os vizinhos também levantaram a hipótese de arcar com os custos da mão de obra. "Se o Semasa fornecer material, a gente se junta e constrói uma caixa para receber o esgoto e, assim, resolver o problema de uma vez. Não consigo enxergar a dificuldade que eles veem em fazer isso", disse Mori.

De acordo com os moradores, as casas têm muro de arrimo e podem sofrer infiltrações por causa do vazamento. "Uma vizinha já teve esse problema e começou a sair água por todas as tomadas da casa dela. Daqui a pouco pode acontecer nas residências de todo mundo da rua e aí eles vão ver o que é protesto", disse Barbosa.

Procurado, o Semasa afirmou que a responsabilidade é da Prefeitura. A Prefeitura, por sua vez, não se manifestou.

Moradores de área de manancial em Mauá pedem asfalto na rua

Os moradores que vivem depois do número 1.600 da Estrada do Carneiro, no bairro Sampaio Vidal, em Mauá, ainda pisam no barro quando entram e saem de casa. A estrada, a partir dessa numeração, é de terra.

Quando chove, a situação piora. Os carros chegam a atolar e não conseguem entrar na garagem. "A rua fica intransitável. Não dá para passar a pé por causa da quantidade de lama, e nem de carro", disse o zelador Antônio José Mariano, 54 anos.

Há cerca de um ano as máquinas da Prefeitura pararam de colocar os bloquetes na via. "Falam que aqui é área de manancial e não pode asfaltar, mas já ouvi falar que a cidade inteira é assim", afirmou a auxiliar de secretaria Rosemary Aparecida Mariano, 52, que mora no número 2.006 da estrada há 14 anos.

A linha de ônibus 143 atende a Estrada do Carneiro, mas já ficou sem passar pela via por causa da má condição. "Quando isso acontece, temos que andar 15 minutos com o pé na lama para chegar no ponto", reclamou Rosemary.

A Prefeitura de Mauá informou que, de fato, a via está localizada em área de manancial e não pode ser pavimentada. Disse ainda que a estrada está incluída no programa Pró-Vicinais do governo do Estado e que a administração aguarda definição do poder estadual para realização de qualquer intervenção.

Entulho acumula em frente a bueiro no bairro Jordanópolis

Sapatos, almofada, tapete e até mesmo placas de computador estão jogadas há cerca de uma semana em frente a bueiro na altura do número 427 da Rua Silva Bueno, no bairro Jordanópolis, em São Bernardo.

Segundo moradores, a hipótese é que carroceiros podem ter despejado o material no local. "Passei num dia e não tinha nada. Na manhã seguinte lá estava a montanha de lixo", disse a professora Regina Lanetzki, 56 anos.

Onde o lixo está amontoado e nas ruas do entorno é normal ver vários caminhões estacionados, outro problema da vizinhança há três anos. "Já fiquei três vezes sem TV a cabo porque uma carreta arrancou o fio do poste", disse a doméstica Neide Polimeno, 65.

Regina registrou um protocolo para colocação de placa de proibido estacionar, mas a resposta da administração foi que pelo local não ter guia rebaixada e ser murado, há permissão.

A Prefeitura disse que não havia registro de reclamação sobre o entulho. Técnicos irão vistoriar a área e fazer a limpeza.

Sobre os caminhões, explicou que só não podem estacionar em guias rebaixadas ou esquinas. Se os agentes de trânsito constatarem irregularidades, tomarão providências.

Praça no Centro de Diadema está sem iluminação pública

Há cerca de 10 dias, quem precisa passar pela Praça Presidente Castelo Branco, no Centro de Diadema, toma cuidado extra ou desvia o caminho. O espaço está sem iluminação pública e serve de abrigo para moradores de rua e usuários de drogas.

Já o calçadão ao lado da praça tem luz, e é por onde as pessoas preferem seguir caminho. "Todo dia tenho que esperar minha esposa quando ela sai do trabalho. Ela já tinha medo de sair sozinha, agora piorou com tudo no escuro", disse o encarregado industrial Carlos Luis, 43 anos.

Nesta época do ano, começa a escurecer por volta das 17h30. As luzes das ruas e do calçadão ficam acesas, mas os postes da praça permanecem apagados. "Se estou sozinha, não passo. Dou a volta na parte clara, pelo calçadão. Dá medo de ter alguém escondido e acabar sendo assaltada", afirmou a balconista Eva Mendes Brito, 49.

A Prefeitura informou que a Castelo Branco é a única praça da cidade onde a iluminação é de responsabilidade da Eletropaulo e que técnicos da concessionária foram enviados ao local para resolver o problema da rede elétrica. 

BAIRRO CAMPESTRE

Sobre a reportagem publicada no dia 11 em que moradores reclamam de empreendimento na Rua Vitória Régia, 300, a Cyrela informou que tomou providências para consertar a calçada e realizar a limpeza.




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