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Tarefa laboriosa

As inovações tecnológicas permitem uma melhora substancial na qualidade de vida dos seres humanos, no entanto, invariavelmente...

Por Dgabc
05/06/2012 | 00:00
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Artigo

Tarefa laboriosa

As inovações tecnológicas permitem uma melhora substancial na qualidade de vida dos seres humanos, no entanto, invariavelmente deixam consequências para o ecossistema fazendo surgir novos desafios. Um desses desafios está em gerenciar, adequadamente, os resíduos eletroeletrônicos, o que não é de responsabilidade exclusiva do poder público, ou seja, depende de uma gestão efetiva que engloba toda a sociedade.

A situação municipal na gestão de resíduos eletrônicos também é de indefinição e incapacidade. No caso do Grande ABC a história se repete, afinal, nenhuma cidade possui sequer um departamento responsável pelo ciclo de vida (da aquisição ao descarte) desses equipamentos, segundo o artigo Equipamentos Eletroeletrônicos: um Estudo Sobre o Processo de Descarte nas Prefeituras do Grande ABC Paulista (Carvalho et al, 2011).

O estudo mostra que o ‘descarte desse tipo de resíduo é feito através da venda via leilões públicos', não havendo ‘obrigação legal de comprovar nenhuma competência específica para tratar dos resíduos perigosos‘ (Carvalho et al., 2011).

Na tentativa de suprir, pelo menos em parte, esse vácuo deixado pelo poder público, a sociedade civil aceita o desafio e inicia verdadeira epopeia para viabilizar serviços essenciais para preservação do meio ambiente. Geralmente, essas batalhas são tensas e difíceis.

Fato que não pode ser desconsiderado é a descrença dos potenciais parceiros na seriedade do projeto que, em geral, deriva de saldos negativos resultantes de experiências mal-sucedidas ou da ação de verdadeiros golpistas travestidos de cordeiros. Há também o desgaste oriundo de toda a energia consumida nos contatos com representantes de empresas que, inicialmente, ‘simulam' preocupação com a causa, contudo, isso não se materializa em ações que promovam a execução do projeto.

Diferentemente da área cultural, a preservação ambiental não permite isenções fiscais para as empresas que investem em projetos que contemplam o tema. Logo, legislação nos moldes da Lei Rouanet poderia facilitar a conquista de patrocinadores.

Resta-nos parabenizar as pessoas que desempenham o papel que deveria ser do poder público, afinal, compartilham a responsabilidade da gestão e exercitam direitos e deveres inerentes à cidadania.

Armando Pereira é mestre em Educação Matemática pela PUC-SP.

Palavra do Leitor

Mensalão e Semasa

Acreditar que o encontro do ex-presidente Lula com o ministro do Supremo Gilmar Mendes serviu apenas para discutir sobre a performance do Brasil em relação à crise europeia ou sutilezas palacianas análogas é tão inocente e ingênuo quanto acreditar que Carlinhos Cachoeira está sendo envolvido num escândalo amoral, improvável e injusto. Até porque não precisamos temer crise institucional, pois, apesar da queda de tantos ministros do governo Dilma por fatos ilícitos e não punidos com algemas, detenção e o devolver do dinheiro público, o Planalto Central continua belo, impávido e colosso. A única crise que corremos risco de experimentar é a do Semasa, que, pelo andar da carruagem, deveremos nós, andreenses, nosso Diário e o repórter Fábio Martins dividir a conta de mais essa pizza.

Cecél Garcia, Santo André

Inútil CPI

Seja na Justiça ou numa CPI aqui no Brasil os poderosos, ricos, corruptos, grandes empresários, enfim, alta burguesia, têm sempre 1.000 cartas dadas pelo sistema generosamente para que eles possam se safar dos crimes que cometeram. Essa CPI jamais vai produzir algo que possa ser útil para esclarecer aquilo que a sociedade está cansada de saber. A corrupção está entranhada na classe política. Os corruptores são protegidos pelas leis que os corruptos legislaram, ninguém está preso nem será. Para complicar nesta CPI, para desagrado do PSDB e DEM, alguns dos principais personagens são seus correligionários. Motivo pelo qual aceitam o silêncio dos suspeitos e querem a todo custo desviar a atenção para qualquer coisa que se mova fora da natimorta CPI.

Rafael Moia Filho, Bauru (SP)

Acisa

Parabéns ao senhor Evenson Dotto, presidente da Acisa, pelo Artigo sobre a pífia atuação dos integrantes da CPI do Semasa que são ligados ao atual governo (dia 3). É exatamente isso que esperamos de uma instituição séria e conceituada como a Acisa. Todos os eleitores da cidade que acompanharam o desfecho da CPI estão indignados. Assunto tão sério e com acusações tão graves não pode cair no esquecimento. Sugiro que seja publicado um quadro com a foto e o nome de todos os ‘pizzaiolos' bem às vésperas da eleição, para que o eleitorado reaja e dê o troco nas urnas. Mas também quero deixar registrado que a sociedade espera igual posicionamento de outras entidades que sempre se notabilizaram na defesa da ética. Onde está o posicionamento da OAB de Santo André, que até agora não se pronunciou a respeito? Bons tempos em que víamos a sociedade civil organizada se mobilizando em causas nobres.

Francisco de Oliveira Junior, Santo André

PT de Mauá

Donisete Braga e Paulo Eugenio deram golpe em Oswaldo Dias. Oswaldo Dias, Luiz Marinho e Donizete Braga deram golpe em Paulo Eugenio. Na verdade, são todos farinha do mesmo saco.

Antônio Marcos Costa, Mauá

Metrô

É uma vergonha ver o Metrô nas notícias policiais. A colisão do dia 16 vai entrar para a história! O transporte público está sucateado. Essa linha que vai até Itaquera será a que levará os torcedores para a Copa do Mundo no Fielzão. E os acidentados foram levados para hospitais públicos sucateados. A incompetência administrativa de Geraldo Alckmin está levando nosso Estado ao caos. Tudo está falido: Educação, transporte, Segurança etc. Como pode ainda querer a abertura da Copa em São Paulo se não consegue nem manter duas composições nos trilhos? As estatísticas mundiais mostram que quando começam a ocorrer acidentes várias vezes, logo vem a tragédia. E por que os feridos dessa tragédia anunciada foram levadas para hospitais públicos, enquanto quem tem mandato de presidente e governador vai para hospital de bacana, pago com dinheiro do povo? Isso é São Paulo, um Estado de poucos.

Ailton Gomes, Ribeirão Pires




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