Palavra do Leitor Titulo
Redução de imposto é ‘puxadinho’

Falta de estrutura e pressão de alguns segmentos, através de mecanismos medievais...

Por Dgabc
16/06/2012 | 00:00
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Artigo

Falta de estrutura e pressão de alguns segmentos, através de mecanismos medievais e da ameaça de demissões de trabalhadores, fazem o governo tomar atitudes que geram dúvidas quanto ao impacto futuro. Um exemplo é o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) zero para os carros nacionais de até 1.000 cilindradas, até 31 de agosto. A contrapartida das montadoras é a de que haja redução nos preços de aproximadamente 10% e de não ocorrerem demissões. A tese é que a ‘marolinha' de plantão dure por tempo determinado. O governo também reduziu o IOF sobre financiamentos para pessoas físicas, de 2,5% para 1,5%, e diminuiu o compulsório dos bancos para financiamentos de veículos. A perigosa manobra busca manter o crescimento do PIB.

As justificativas sempre são as mesmas: os problemas da zona do euro, a redução do crescimento norte-americano e a retração do PIB chinês. Por consequência, o governo estimula as pessoas mais humildes a consumirem, como fazem os Estados Unidos, como mecanismo de recuperação. Contudo, não podemos aplicar soluções similares em economias diferentes.

Aqui, estimula-se o crédito de maneira agressiva. Com isso, cria-se grande bolha, em virtude do aumento da inadimplência. Isso prejudicará o sistema financeiro, e o governo será o principal responsável pela falência das pessoas físicas altamente endividadas e à mercê dos bancos. Estes, embora reduzam os juros, aumentam as tarifas de seus serviços. Ademais, muitas pessoas talvez não tenham na prática o benefício real da queda do juro, em virtude de já estarem totalmente endividadas com base em contratos firmados à época das altas taxas.

Está na hora de medidas estruturais que solucionem problemas como a infraestrutura precária, que encarecem os produtos e seu transporte... e o governo querendo que as pessoas comprem mais carros, tornando mais caótico o trânsito. Gestão de País tupiniquim faz-se com política tupiniquim. Se o povo não abrir o olho, ficaremos em situação pior do que os norte-americanos quando estourou a bolha do crédito imobiliário. No entanto, em nação emergente só tem uma saída: moratória! E esta é a pior situação que a população poderá vivenciar, com carestia generalizada, retorno da inflação e desemprego em massa.

Reginaldo Gonçalves é coordenador de Ciências Contábeis da Fasm (Faculdade Santa Marcelina).

Palavra do Leitor

E aí, Aidan?

Por que somente a bancada do PT adentrou com representação junto ao Tribunal de Contas do Estado contra Aidan Ravin? Onde estão os vereadores numa hora dessas, em que têm de pensar no povo e não usar a tribuna para expor suas veredas egocêntricas e sem substância prática a não ser com suas próprias vaidades e pretensões de perpetuarem-se nos cargos? Por que o emudecido prefeito de Santo André, seus pares e sua base aliada não nos dão explicações sobre a ausência do instrumento licitatório que, segundo o vereador Tiago Nogueira, soma perto de R$ 800 milhões? Parabéns aos causídicos da OAB de Santo André pelo evento que será realizado dia 18 na sede da mesma, no sentido de moralizar a imoralidade. Gostaria que nossos doutores pensassem na possibilidade de criarem corpo de representantes para atuar junto às futuras CPIs. E parabéns ao nosso Diário por não pactuar com os representantes das trevas, os antieleitores e os contrários aos direitos da população andreense.

Cecél Garcia

Santo André

Omissão

Há 50 dias escrevi nesta coluna sobre as transgressões de trânsito na Rua Aracanga, ao lado do Parque da Criança, em Santo André, e nesse período não vi nenhuma fiscalização! No dia 11 havia fila de automóveis na contramão, van escolar e até caminhão do Semasa. A Prefeitura diz que faz rondas regulares. Só se for de madrugada, quando a maioria está dormindo. Retira a placa de contramão! Assim todos estarão dentro da lei e o departamento de trânsito pode ficar tranquilo fiscalizando somente a região central. Não precisam me responder, somente trabalhar, pois é para isso que nós pagamos tributos.

Carlos Alberto Frabetti

Santo André

Linha U-26

Gostaria de manifestar a minha indignação com o desrespeito, descaso e falta de vergonha da empresa de ônibus SA Trans (Santo André Transportes), em especial à Linha U-26, que infelizmente preciso utilizar diariamente. Não sei como essa linha funciona durante o dia e à noite até às 20h, mas sei que após esse horário, período em que muitas pessoas estão voltando do trabalho, escola ou indo para a faculdade, a linha simplesmente funciona quando e como os motoristas desejam. Não há horário para sair nem para chegar no terminal de ônibus Utinga, em Santo André. Tenho registrado e presenciado, muitas vezes, três ônibus da linha U-26 parados ao mesmo tempo no terminal, com fila de cerca de 15 pessoas. Um absurdo! Como se não bastasse, quando os motoristas resolvem descaradamente partir com o ônibus, saem correndo irresponsavelmente pelas ruas. A sensação é a de que a qualquer momento o micro-ônibus irá tombar ou bater. Vários passageiros reclamam, alguns já entraram em contato com a companhia de ônibus, mas não há retorno, preocupação e/ou melhora alguma.

Sefirah Araujo

Capital

Satiagraha

Em relação à reportagem ‘Maluf é um dos 4 brasileiros em lista de corrupção' (Diário OnLine, ontem), é preciso esclarecer que o Banco Mundial está sendo notificado pelo Opportunity. Esse relatório é datado de 2008 e está desatualizado. Afora isso, em 2008, a farsa da Satiagraha ainda não havia sido desmascarada em toda a sua extensão. Por conta de possíveis erros como esse, o Banco Mundial expressamente não garante a veracidade das informações. A Satiagraha foi operação encomendada ancorada em provas forjadas e crimes financeiros inexistentes. Em 9 de novembro de 2010, Protógenes Queiroz, à época delegado e comandante da operação, foi condenado por fraude processual e violação de sigilo funcional pela 7ª Vara Criminal de São Paulo. O Ministério Público entendeu também que ele deve responder pelos crimes de prevaricação e corrupção passiva. Em junho de 2011, o Superior Tribunal de Justiça decidiu pela nulidade da Satiagraha.

Opportunity




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