Setecidades Titulo Saúde
Região propõe assumir distribuição de remédio

Prefeito e secretários defendem que projeto volte
à pauta do Consórcio junto ao governo estadual

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
13/01/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 A retomada da discussão sobre a descentralização da farmácia de alto custo do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, volta a ser pauta prioritária entre prefeitos e secretários de Saúde do Grande ABC. Após o Estado implantar, no ano passado, solução genérica para diminuir a superlotação no serviço de distribuição de medicamentos, sem sucesso, municípios da região declaram interesse em retomar o debate para implantação do projeto junto ao governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Responsável por receber a demanda dos sete municípios do Grande ABC, a distribuição de medicamentos de alto custo no Mário Covas tem sido hoje um dos principais gargalos do hospital. Com média de 2.000 atendimentos por dia, a unidade tem sofrido diariamente, nos últimos meses, com a superlotação em seu espaço.

Conforme já noticiado pelo Diário, ao longo dos últimos meses, pacientes aguardam em média quatro horas para retirada de medicamentos, podendo chegar a seis horas em dias de maior movimento.

Embora o Estado afirme que melhorias no atendimento do serviço, como o aumento de guichês e mudanças na triagem de pacientes, tenha otimizado a distribuição de medicamentos, secretários e prefeitos do Grande ABC continuam a pleitear que o governo estadual discuta novamente a possível implantação do projeto de descentralização da farmácia de alto custo do Mário Covas.

“A quantidade de pacientes é muito grande. Desde a outra vez que fui secretária havia iniciado essa discussão da necessidade de descentralizar o atendimento do Mário Covas. Os municípios têm condições de fazer essa distribuição”, afirma a secretária de Saúde de São Caetano, Regina Maura Zetone.

Segundo ela, além de existir interesse do município em retomar o diálogo com o Estado para que o projeto saia do papel, a atual administração, inclusive, já possui opções de espaços para abrigar a distribuição dos medicamentos. “O Hospital São Caetano é um local que tem estrutura física capaz de suprir essa demanda”, relata

Presente ativamente na discussão para a descentralização da farmácia desde o período em que atuava na Assembleia Legislativa, o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), vê na presença de um representante do Estado no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC uma oportunidade para que o debate seja retomado. “O colegiado de prefeitos e o representante do Estado no Consórcio com certeza podem discutir esse tema.”

Segundo o prefeito, o Paço de Mauá estaria, inclusive, disposto a realizar intervenções no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) da cidade para realizar a distribuição. “Temos total interesse em ser o primeiro município da região a distribuir os medicamentos. Para isso já estamos fazendo estudos que mostram a viabilidade de reformas no espaço, podendo até o AME contar com uma entrada direta para a farmácia”, avalia.

Em Santo André, a secretária de Saúde, Ana Paula Peña Dias, também mostrou interesse em retomar a discussão. “Estamos abertos ao diálogo sobre a discussão da proposta de descentralização, mas para isso precisamos ficar a par do projeto. Ver qual é a sugestão do Estado, se haverá repasse de verba.”

 

 




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