Política Titulo ATIVIDADE PARTIDÁRIA
Com prefeitos petistas, Lula fala de intolerância e crise

Ex-presidente, em encontro, citou tentativa de superar as crises econômica e política

Por Vitória Rocha
Especial para o Diário
19/03/2016 | 07:00
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Em encontro ontem com prefeitos paulistas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou do clima de intolerância atual do País e em adotar medidas para enfrentar as crises política e econômica. A reunião foi realizada em São Bernardo, antecedendo a manifestação pró-PT na Avenida Paulista, na Capital, contabilizando presença de chefes do Executivo do Grande ABC e do Interior do Estado. A ideia era expressar ambiente de otimismo ainda mais em período às vésperas do projeto de reeleição, apesar do desgaste sofrido pelo líder petista.

Diante da nomeação de Lula – ainda suspensa, agora pelo STF (Supremo Tribunal Federal) – para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), indicou que o encontro teve caráter de “reafirmação da esperança” e de que, ao tomar poderes do cargo, se esforçará a auxiliar o governo a se recuperar da instabilidade. “Ele explicou que as razões que o levaram a aceitar o convite (para tornar-se ministro) foram ajudar a presidente (Dilma Rousseff, PT) a retomar a governabilidade e os rumos econômicos do Brasil”, contou. “Ele é figura que representa muito no País e que tem a esperança e a pretensão, na condição de ministro, de retomar o diálogo com os partidos. Portanto, ele aceitou esse convite mesmo com todas as especulações.”

Grana frisou que a reunião já estava prevista na agenda do partido, que ocorre mensalmente. “Nós, periodicamente, nos reunimos com o ex-presidente Lula, independentemente do que está acontecendo no calendário da conjuntura atual”, explicou o andreense.

Para o chefe do Executivo de Mauá, Donisete Braga (PT), o clima é de fascismo por conta da “renegação da classe política”. “Quando tem movimento que renega as lideranças, é muito delicado. Se levarmos em consideração a história recente, (os ditadores Adolf) Hitler e (Benito) Mussolini combateram a corrupção também. Precisamos ter cuidado com esses movimentos, porque daqui a pouco surge um (deputado federal Jair) Bolsonaro da vida e que tipo de política vai fazer se assumir o País?”, questionou. 




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