Se o resultado da eleição presidencial acendeu o sinal de alerta aos prefeitos da região para o pleito municipal de 2016, a oposição aproveita para dar a largada ao processo eleitoral que ocorrerá daqui a dois anos. À exceção de Rio Grande da Serra, as outras seis cidades do Grande ABC tiveram nas urnas maioria de votos do candidato ao Planalto contrário ao da administração. Significa dizer que a popularidade de quem está no Paço municipal não foi transferida automaticamente para seu preferido. Eles ganharam em 2012, mas perderam neste ano. Como será e 2016? Ressalte-se que em Rio Grande da Serra o prefeito é do PSDB, mas pediu votos para o PT, que venceu na cidade. Agora, arrumou dor de cabeça. O quando da oposição em Santo André está mais latente. O ex-chefe do Executivo Aidan Ravin (PSB) já faz planos para se candidatar novamente. E o ex-secretário de Cultura Raimundo Salles (PDT) já anunciou seu nome como pleiteante ao Paço. O pedetista já começou o trabalho de base. Em menos de 24 horas visitou bairros da periferia e estabelecimentos comerciais do Centro andreense. Neste caso, vale observar a esquizofrenia da lei eleitoral. Anunciar candidatura dois anos antes da eleição não configura campanha antecipada. Agora, se as mesmas palavras forem proferidas em 2016, mas fora do período eleitoral, haverá problemas para o político. Enquanto a corrida municipal não começa, a lei fica adormecida e o candidato segue atuante, contando as horas.

Se fuçar...
O caso da Santa Casa de São Paulo, em que funcionários pararam as atividades momentaneamente por falta de material e equipamentos, gerou enorme polêmica. No início, culpou-se o Poder Público por falta de ajuda à unidade de Saúde. Depois, duvidou-se da capacidade de gestão dos diretores do local. Na região tem Santa Casa que passa pelo mesmo problema. Se fizerem auditoria...

Do lado de fora
Em Mauá existe o G-11, grupo de 11 vereadores independentes à gestão Donisete Braga (PT). Em reunião ontem, Manoel Lopes (DEM) participou mesmo ainda não tendo recuperado a cadeira – cassado, ele tem liminar nas mãos para volta, mas está sendo avaliada pelo setor jurídico da Câmara. Wanessa Bomfim (PMDB), dona da cadeira hoje, ficou de fora.

Magoou
Ronaldo de Castro (PRB), vereador de Santo André, não foi procurado para assinar requerimento de congratulação ao aniversário do ex-presidente Lula, de autoria do parlamentar Montorinho (PT). O republicano é da base governista e se sentiu excluído do bloco. “Diante de tudo isso, surgiu uma dúvida sobre meu posicionamento político”, lamentou.