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Mauá registra aumento de 44% em homicídios

Cidade é a única a contabilizar crescimento na região em 2011

Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
26/11/2011 | 07:00
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A cidade de Mauá foi a única a apresentar em 2011 aumento no número de homicídios no levantamento apresentado ontem pela Secretaria de Segurança Pública. Entre janeiro e outubro deste ano, meses que constam no estudo da Pasta, foram 36 assassinatos, contra 25 no ano passado, um aumento de 44%.

Para Guerdson Ferreira, delegado seccional de Santo André, também responsável por Mauá, os homicídios têm variantes que dificultam a atuação da polícia. E os dados podem ajudar a evitá-los. "É uma situação de instabilidade. Os números já caíram se comparados a sete, oito anos. E vamos trabalhar para mostrar resultados à população", disse.

Os números seguem em direção contrária ao divulgado pela SSP. No Estado, até agora, 4.087 homicídios dolosos (com a intenção de matar) foram registrados. O número é 4,2% menor do que no mesmo período em 2010 e mantém os dados paulistas em boa colocação, fora da zona considerada epidêmica pela Organização Mundial da Saúde.

A região seguiu a tendência. Até aqui, em 2011, 198 pessoas foram mortas, enquanto no mesmo período do ano passado foram 236 assassinatos, queda de 16,1%. Ribeirão Pires, com redução de 66,6%, e Diadema, com 56,2%, foram os destaques.

"Fizemos estudo de como fazer a atuação na região. Aumentamos o efetivo na rua e nos locais onde o mapeamento mostrava ser maior a atuação dos criminosos", disse o coronel Roberval França, comandante da Polícia Militar no Grande ABC.

Se reduz os assassinatos, não inibe o roubo ou furto de veículos. Nos dez meses do ano pesquisados, houve aumento de 5,8% nesse tipo de crime na região. O problema é crônico em todo o Estado, onde os dados mostram aumento de 14,13%.

"A frota cresceu acima do padrão nos últimos anos. Por isso é importante trabalho conjunto com as prefeituras, para coibir os desmanches e outros pontos de receptação de veículos", destacou o comandante.

Segundo ele, os criminosos não procuram por marca específica. E o risco existe não só nas regiões centrais. Por isso, o cidadão precisa se prevenir. "Tem de evitar deixar o carro estacionado na rua", completou.




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