O vírus pode sobreviver pelo menos 24 horas em uma superfície de plástico a temperatura ambiente e pode viver por períodos amplos no frio, segundo novas descobertas científicas detalhadas no citado artigo.

As novas descobertas de laboratórios de Hong Kong, Japão, Alemanha e Pequim serão incluídas no site web da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo o jornal. "É a primeira vez que temos dados firmes sobre a sobrevivência do vírus. Antes, só especulávamos", disse ao jornal Kalus Stohr, cientista da OMS especializado em Sars. "Estes estudos são muito importantes para o esboço de estratégias de limpeza e desinfecção", adiantou.

Os novos dados indicam que a infecção pode ocorrer simplesmente quando se toca uma mesa ou uma porta contaminadas, assinala o informe. Além disso, lança uma luz sobre como pode a enfermidade ter-se expandido em um prédio de 33 andares em Hong Kong, onde centenas de pessoas foram infectadas.

Os cientistas descobriram que a doença persiste nas fezes adultas por seis horas, mas na diarréia o vírus sobrevive até por quatro dias. Agora, suspeita-se que o mal tenha se expandido no complexo de Amoy Gardens por um homem infectado com a Sars que tinha diarréia, devido a um rompimento da canalização de esgoto.

Também descobriram que o vírus morre aos 36,9 graus Celsius, mas vive indefinidamente a zero grau. Ainda falta um elemento chave na compreensão da infecção pulmonar mortal: quantos vírus são necessários para provocar a infecção.