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O jeito foi levar Batata de São Bernardo para Jundiaí
Ademir Medici
19/09/2021 | 00:01
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Hoje é o aniversário de Max Gehringer, integrante do Memofut (Grupo Literatura e Memória do Futebol), escritor e palestrante. Ora está na TV, ora no rádio, ora viajando e ministrando palestras pelo Brasil, ora autografando seus 22 livros sobre o mundo corporativo, ora lecionando. E com tantas atribuições, Max não esquece Batata, o avante da extinta Sociedade Esportiva Irmãos Romano, da Vila do Tanque, em São Bernardo, que sempre fazia gols quando enfrentava o Paulista de Jundiaí. Até que...


O linguajar ‘jundiaiês’
Depoimento: Max Gehringer
Aprecio histórias antigas, de todos os tipos. Escrevi obras sobre reformas ortográficas da língua portuguesa, internet, automóveis no Brasil e etimologia.

No campo dos esportes, meu foco sempre foram as Copas do Mundo. Comecei a fazer pesquisas sobre elas há 25 anos e lancei duas coleções sobre a história das Copas, uma encartada na revista Placar e outra em ebooks, porque o material já tem mais de 7.000 páginas.

Lancei também um livro pela Editora Globo, que precisou ser sumarizado por nosso colega Celso Unzelte para caber em 400 páginas.

PAULISTA
Torço desde criança pelo Paulista de Jundiaí. Na adolescência, acompanhei o time em caravanas, com todos os riscos que isso gerava. Como tem acontecido com muitos outros clubes pelo Brasil, o Paulista também foi vítima da possibilidade de a juventude ter muito mais coisas interessantes para fazer hoje do que nós tínhamos quando éramos jovens e o futebol era nosso único divertimento. Acredito que atualmente haja mais garotos jundiaienses torcendo para times europeus do que para o Paulista.

GRANDE ABC
Na década de 1960, o Irmãos Romano (de São Bernardo) tinha um ponteiro direito, Batata, que sempre marcava gols no Paulista, como acontecia com o Ataliba, do Juventus, quando enfrentava o Corinthians. A situação só foi resolvida quando o Paulista comprou o passe do Batata para evitar novas derrotas.

MEMOFUT             
Quem me convidou foi meu conterrâneo Gustavo Carvalho, um gentleman, em 2006. Desde o começo, fiquei impressionado com a quantidade de minúcias que o pessoal sabia e com as apresentações detalhadas que eram feitas. No arquivo do Memofut há dezenas de histórias marcantes que não figuram em nenhum site da internet. Talvez um dia esse material possa ser disponibilizado para os historiadores.

UM ÍDOLO
Rivelino, que para mim só perde para o Pelé.

EMOÇÃO
O nascimento de meus filhos.
 
OBRA
Escrevi 22 livros sobre o mundo corporativo. No momento, estou terminando um livro sobre a origem e a história das palavras. Continuo a fazer apresentações para empresas, só que este ano em lives. Tenho também cursos profissionalizantes que são oferecidos através das redes sociais. Tudo isso me permite continuar trabalhando ativamente.

O PALESTRANTE
Comecei a fazer palestras para empresas em 1997, a convite de uma jovem, a Denise, que até hoje é minha empresária. Através dos contatos dela, lancei meu primeiro livro em 1999. Embora não tenha vendido muito, esse livro mereceu uma reportagem na revista Exame, que me contratou para escrever uma coluna, a Comédia Corporativa. A visibilidade levou a um convite para fazer comentários diários para a Rádio CBN.

Em 2006, troquei a Editora Abril pela Editora Globo, comecei a escrever para a revista Época e recebi um convite para apresentar um quadro no Fantástico, chamado Emprego de A a Z. Como a audiência correspondeu, fui ficando. Atualmente, continuo ligado à CBN e à TV Globo.

JUNDIAÍ
   
Meu pai veio da Suíça, meu avô materno da Eslovênia e meus bisavós maternos da Itália. Por acaso do destino, todos se instalaram em Jundiaí e sempre gostei do modo de vida da cidade, com a vizinhança se ajudando em tudo, um fazendo favor ao outro.

Temos também um patuá linguístico, mistura de italiano com português caipira, que resultou em centenas de termos próprios, como ‘insiminio’ e ‘imbambio’, que não figuram em nenhum léxico.

Ainda hoje, eu e meu primo Fornazza (José Roberto, também do Memofut) nos divertimos lembrando desse jundiaiês de nossas infâncias.

DE PRIMEIRA

Nascimento – Jundiaí, 19 de setembro de 1949
Filiação – Werner e Laurinha
Mulher – Marta
Filhos – Artur e Renato
Formação – Administração de empresas

Os violeiros de Mauá

O programa Memórias Musicais, pela Rádio Emissora ABC, focalizará hoje a orquestra Violeiros de Mauá, com canções que tão bem divulgam a cidade e região por esse Brasil afora.

E porque dia 21 é o Dia da Árvore, a apresentação do poema Paineira de Sapopemba, de Wanderley Cruz Leite.

Diário há meio século

Domingo, 19 de setembro de 1971 – ano 13, edição 1643

MANCHETE – O ex-capitão Carlos Lamarca, considerado o principal líder revolucionário no Brasil, foi morto por agentes de segurança no município de Pintadas, na Bahia,

RESISTÊNCIA – “A censura, aos poucos, vem sendo abolida nos países mais civilizados. É uma aspiração de todos os brasileiros de que a censura também seja abolida no Brasil”.

Paulo Autran, ator, em visita à Fundação das Artes de São Caetano em 18-9-1971.

Santos do dia

Salete
Afonso de Orozco
Januário ou Gennaro

Hoje
Dia do ortopedista

Municípios brasileiros

Na Grande São Paulo, hoje é aniversário de Guararema. Elevado a município em 19-9-1899, quando se separa de Mogi das Cruzes.

Pelo Brasil: no Pará, Acará; em Alagoas, Cacimbinhas; em Minas Gerais, Conselheiro Lafaiete, Estrela do Sul, Oliveira e Raul Soares; no Rio Grande do Sul, Dois Irmãos; em Santa Catarina, Ermo; na Bahia, Euclides da Cunha, Ibipeba e Ribeira do Pombal; no Espírito Santo, Guarapari; na Paraíba, Mari; e no Mato Grosso, Sapezal 




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