Política Titulo Santo André
Sem frente de esquerda, Bruno diz atualizar o legado de Celso

Candidato do Psol cita conversa com PT para bloco ‘antifacista’; nas urnas prega pauta além da do irmão

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
08/09/2020 | 00:01
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O engenheiro e professor Bruno Daniel foi confirmado como candidato do Psol à Prefeitura de Santo André, com Rosi Santos (Psol), e com um único partido coligado: a Rede Sustentabilidade. Bruno, irmão de Celso Daniel (PT, morto em 2002), até tentou unificar partidos de esquerda em uma “frente antifacista e antiliberal”, mas as conversas “não avançaram suficientemente”.

Bruno confirmou que houve diálogo com o PT, que neste ano apostará na vereadora Bete Siraque como prefeiturável, porém, buscou aliança programática, algo que só a Rede consentiu. “A democracia está sendo destruída rapidamente pelas forças conservadoras do País, que querem romper com a democracia de dentro para fora. Tentamos conversar com setores que acreditam que devemos viver na democracia. Felizmente a Rede viabilizou a coligação. Infelizmente com outras forças não conseguimos.”

Após anos de especulação – e desejos frustrados de militantes do Psol –, Bruno aceitou a missão de ser candidato neste ano. Citou que vai resgatar pautas levantadas pelo irmão, prefeito de Santo André por três mandatos (1989-1992, 1997-2000 e 2001-2002), mas que vai atualizar os temas, com propostas que Celso não trouxe aos andreenses.

Ele defende um novo conceito de cidade, sustentável ambientalmente e com prevenção como método de mitigar os problemas. Constantemente citando exemplos pelo mundo, listou que é preciso alterar a ordem dos fatores no olhar à saúde, à educação, à mobilidade urbana e à geração de emprego.

“Temos debate de desenvolvimento inclusivo e socioambiental, com várias frentes, que se conectam. Temos de pensar em expansão da utilização da energia fotovoltaica (solar), deixar a cidade permeável, com objetivo de combate às enchentes, com calçadas ecologicamente corretas e niveladas para caminhada. Incentivar o uso das bicicletas e a interligação delas com os demais meios de transporte, com uma redefinição do transporte coletivo”, disse. “Meu irmão via o eixo do Rio Tamanduateí como geração de postos de trabalho. Eu acredito ser possível despoluí-lo, com auxílio de outras cidades, principalmente Mauá, para virar um lugar de lazer. Trazer bem-estar à população, ensino de qualidade com emprego de valor agregado superior e, assim, deixar a sociedade menos desigual.”




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