Richarlyson está de volta ao Santo André, pelo menos nas brincadeiras entre os jogadores, que não cansam de comparar o lateral-esquerdo Betão com o ex-meia do Ramalhão, atualmente no São Paulo. “Você acha que pareço com ele? Talvez na vontade”, disse descontraído, enquanto os companheiros gritavam por “Richarlyson” de dentro do ônibus, logo após o treino de quinta-feira no Sest, em Santo André.

Esta não é a primeira vez que Betão sofre com a comparação. “Já no Ituiutaba-MG (seu ex-clube), o Vanilton (ex-preparador físico do São Paulo) me disse: ‘Você é muito parecido com o Richarlyson, mas joga mais’. Fico feliz com tudo isso, afinal, ele é um excelente jogador”, afirmou.

Betão não sabia da importância de Richarlyson no Ramalhão. “Passei a conhece-lo no São Paulo. Hoje sei que ele foi importantíssimo na história do Santo André”. O atual meia são-paulino foi campeão da Copa São Paulo de 2003, além de liderar a equipe na histórica participação na Libertadores da América, em 2005.

O “responsável” pela comparação no Santo André foi André Luiz. “Quando ele falou que eu era parecido com o Richarlyson, todos caíram na gargalhada. Espero, ao menos, ter a oportunidade que ele teve na vida”, afirmou Betão, o artilheiro do Santo André na Série B com dois gols.

Goleador? - Betão estreou no Santo André com um gol. Fez o único na derrota para o CRB-AL, dia 12, no estádio Bruno Daniel. Depois, contra a Portuguesa, foi parar no banco de reservas, atitude do ex-técnico Roberval Davino, questionada nos bastidores. Com a contratação de Sérgio Soares, ele voltou a marcar: fez um dos dois gols na vitória sobre o Remo, em Belém. “Nunca fui um goleador. No Ituiutaba, no Campeonato Mineiro deste ano, não fiz nenhum. Quero seguir nessa fase boa.”

Para o treinador, no entanto, Betão ainda deve ser lapidado. “Ele tem força, apóia muito bem, mas tem dificuldades na marcação. Nada que não possa ser corrigido”, finalizou Sérgio Soares.