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A imponência do tigre
Por Vagner Aquino
Do Diário do Grande ABC
21/09/2011 | 07:00
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Caio Arruda/DGABC


Por R$ 124,9 mil, o Kia Cadenza concorre no mercado brasileiro com sedãs grandes como Toyota Camry, Honda Accord V6, Chevrolet Omega e, por que não dizer, o primo Hyundai Azera - que é mais barato (custa cerca de R$ 90 mil), mas também depende de um bloco V6 para sair da inércia. Um parênteses: a menção ‘primos' é para especificar a divisão de plataforma de ambos os sul-coreanos, pois vale lembrar que as marcas pertencem ao mesmo grupo.

Para conferir os méritos e deméritos do Cadenza - que quer fisgar os executivos brasileiros - o Diário avaliou o modelo por uma semana.

O sedã grande chegou por aqui para substituir o três volumes Opirus, cuja principal característica era o desenho de gosto duvidoso.

Mas isso ficou no passado. Para resolver a questão visual, o chefe de design da Kia Peter Schreyer fez um belo trabalho, a começar pela grade dianteira, que agora segue o DNA da marca, passando pelas laterais e chegando à parte traseira. É incontestável a semelhança com alguns famosos veículos alemães - pense aí em uns dois ou três modelos da Audi, por exemplo.

Além do visual inovador e do abuso de detalhes cromados espalhados pela carroceria, a imponência do Cadenza é assinada também por suas dimensões. São 4,97 metros de comprimento, 1,85 metro de largura e 1,48 metro de altura.

 

MOTORIZAÇÃO

Com nada menos que 290 cv, o motor 3.5 V6 com 24 válvulas movido a gasolina rende ótimo desempenho. Isso porque o carro pesa 1.655 quilos. O torque é de 34,5 mkgf a 5.000 rpm e as retomadas do câmbio (automático de seis velocidades com opção de trocas sequenciais) são extremamente suaves e precisas. Nada de deixar a desejar durante as ultrapassagens e retomadas. A aceleração entre 0 e 100 km/h e a velocidade máxima não são divulgadas pela montadora, mas dá para garantir que o grandalhão tem bastante fôlego. E mesmo no limite de velocidade da pista (120 km/h) o carro parece estar planando.

E a boa dose de conforto dentro da cabine é mérito do trabalho da suspensão, que filtra bem as irregularidades do solo.

Por falar no habitáculo, a parafernalha de botões e detalhes iluminados chega a impressionar. Quem faz as honras da casa é a soleira da porta, iluminada em vermelho. Com um entre-eixos de 2,85 metros, há espaço e conforto de sobra para os cinco ocupantes, inclusive para aqueles com mais de 1,80 metro de altura, que sempre temem as viagens no banco de trás do carro.

Aqui, a pinta de executivo é frisada pelo sistema de som oculto no descansa-braço.

 

Funcionalidade em alta

Há algumas décadas, quando se falava em carro completo, a primeira coisa que vinha a cabeça era o famoso trio elétrico. Mas com o passar do tempo e o aperfeiçoamento das tecnologias, hoje, os veículos estão chegando cada vez mais equipados.

No Kia Cadenza, a funcionalidade e a tecnologia não chegam a ser inovadoras, mas vão muito além do básico.

Sob o console central, ficam ocultas as entradas auxiliar e USB, faltou aqui o bluetooth, uma gafe, quando até mesmo modelos populares já vêm de fábrica com o sistema.

No mais, fazem parte da lista de série do Cadenza equipamentos como: ar-condicionado dual-zone, sensor e câmera de ré (que exibe as imagens através de um visor LCD de 3,5 polegadas no espelho retrovisor interno), e as chaves keyless - mesmo com elas no bolso, o carro pode ser ligado através do simples toque de um botão (Start) que fica no painel. Os bancos dianteiros têm controle elétrico com oito funções e memória.

Mas o grande destaque aqui é o teto solar duplo panorâmico. Um show à parte.




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