Em abril, o consumidor do Grande ABC pagou R$ 9,03 a mais pela cesta básica. O custo médio da lista de 34 produtos essenciais era de R$ 323,98 em março e passou para R$ 333,01 em abril. Um dos principais ‘ vilões' da alta foi o leite longa vida, com preços médios de R$ 1,82 frente aos valores médios de R$1,59 em março.

O litro do leite longa vida apresentou alta de cerca de 15% na composição do custo da cesta básica mensal, o movimento lembra a crise de 2006, as altas nos preços do leite são históricas no período de estiagem, em conseqüência dos maiores custos de produção.

O grupo de hortigranjeiros também contribuiu para o aumento dos preços e apresentou alta de 6,01%, com destaque para a batata, que ficou 33,16% mais cara. Os alimentos industrializados se aliaram aos ‘vilões' da alta e encerraram o mês com acréscimo de 2,50%.

Os itens de higiene pessoal foram na contramão e apresentaram baixa de 0,09%, assim como os produtos de limpeza doméstica, que tiveram queda de 0,06%, com destaque para a esponja de aço, que registrou baixa de 2,55%.

Em abril, o preço do arroz teve alta de 2,87%. Segundo a Craisa, o aumento nos preços aconteceu em decorrência d a época de colheita do cereal, que gerou uma certa expectativa em torno da oferta do produto.

O feijão, por sua vez, apresentou valores em queda de 4,01%. Somente este ano, o item já apresenta desvalorização superior a 15% - apenas em fevereiro os preços ficaram praticamente estáveis.

Os dados da cesta básica são o resultado da pesquisa semanal feita pela Craisa, que acompanha o preço de 34 produtos em 43 super e hipermercados nas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires. Foram feitas 1.462 tomadas de preço neste mês. A pesquisa é baseada no consumo de uma família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, em um período de 30 dias.