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Bola oval faz Estados Unidos pararem
Por Tiago Muniz
Especial para o Diário
31/01/2011 | 07:36
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Primeiro domingo de fevereiro. No calendário do brasileiro, nada de especial. Nos Estados Unidos, este é o dia mais importante para o fã do futebol americano e, seguramente, quando toda a nação para.

É dia do Super Bowl, quando as duas melhores equipes do país se encontram para disputar o cobiçado Troféu Vince Lombardi.

Mas não é apenas isso. O Super Bowl é praticamente um feriado norte-americano, que este ano, na 45ª edição, reunirá em Dallas as equipes do Pittsburgh Steelers - maior campeão da história, com seis títulos - e o Green Bay Packers, que possui três troféus.

O jogo mexe com os Estados Unidos em quase todos os sentidos. É o segundo dia em que se consome mais comida no país, perdendo apenas para o Dia de Ação de Graças. Entre os 45 programas mais assistidos da história da televisão ianque, 21 são transmissões da partida.

Por causa dessa grande audiência, um comercial de 30 segundos pode custar em torno de US$ 3 milhões e cineastas de renome, como Ridley Scott, já dirigiram peças publicitárias.

O intervalo da partida também é uma ocasião para a aparição de grandes artistas. Nos últimos anos, se apresentaram astros do calibre de Bruce Springsteen, The Who, Tom Petty, Prince, Rolling Stones e Paul McCartney. Neste ano, quem sobe ao palco são os Black Eyed Peas.

 

BATALHA MODERNA

Não é raro que os narradores e comentaristas se refiram aos participantes do jogo como "gladiadores modernos". Não é para menos. Os atletas colocam suas armaduras, proteções e capacetes para um combate de conquista de território. Mas o jogo também exige verdadeira estratégia de guerra e vai muito além da pancadaria aparente.

Sim, existem regras. Não é simplesmente um vale-tudo. Socos, pontapés, cotoveladas, rasteiras e voadoras são todos proibidos. Um jogador só pode derrubar o outro por meio de empurrões, ombradas ou agarrando e levando o adversário ao chão - o que se chama de tackle.

 

Esporte é recordista de público no planeta

Uma das provas da força da NFL (National Football League) é que a média de público da competição é de mais de 67 mil espectadores por partida, à frente de qualquer campeonato esportivo do mundo. O segundo lugar é do Alemão de futebol, com média de 42 mil pessoas por jogo.

Além disso, pelo menos um duelo de temporada regular é disputado desde 2007 no Estádio de Wembley, na Inglaterra, um dos templos do futebol da bola redonda.

 

ESTRUTURA

São 32 equipes divididas em duas conferências - a AFC (Conferência Americana) e a NFC (Conferência Nacional). Essas associações se dividem em quatro divisões cada: Norte, Sul, Leste e Oeste.

Classificam-se para os play-offs (fase final) os quatro campeões de divisão de cada conferência mais os dois melhores times de cada conferência que não venceram a divisão.

Na primeira rodada dos play-offs, esses dois times não vencedores de divisão encaram os dois campeões de pior retrospecto. Essa repescagem é chamada de wild card.

Depois disso, os dois vencedores do wild card enfrentam os melhores campeões de divisão. Quem passa nesse confronto, faz as finais de conferência. Daí saem os representantes da AFC e da NFC para o Super Bowl.

 

O football tem vez também no País do futebol

O momento é de crescimento para o esporte no País. Apesar de ainda um tanto distante do profissionalismo, já brotam iniciativas bastante interessantes como as parcerias com clubes conhecidos do cenário nacional - como Corinthians, Vasco da Gama, Santos, Fluminense e Coritiba.

A competição pioneira do País é o Carioca Bowl do Rio de Janeiro, disputado desde 2000. Até hoje, é realizado nas areias das praias da cidade maravilhosa e, portanto, tem algumas adaptações nas regras e um uso bem menor de equipamentos.

A década passada também viu o estabelecimento em São Paulo do flag football, uma variedade do esporte na qual também são usados poucos equipamentos e as regras diminuem o contato físico. Outras regiões do País, seja no flag ou no futebol americano propriamente dito, está sendo pavimentado o caminho das competições.

Em 2009, o futebol americano teve pela primeira vez um torneio nacional e disputado com equipamento completo no Brasil. De lá para cá, o esporte tem a realização de dois campeonatos nacionais que reuniram no total 21 equipes de nove unidades da federação no ano passado.

 




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