Política Titulo Alimentação
Mauá soma mais R$ 3,3 milhões de dívida a fornecedores
Por Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
28/02/2009 | 07:00
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A já caótica situação das finanças de Mauá ganhou mais um problema de peso nesta semana: a empresa Terra Azul, que presta serviços na área da alimentação no restaurante popular Bom Prato e era responsável pela alimentação do Hospital Dr. Radamés Nardini em 2006, busca o pagamento de R$ 3,3 milhões em juízo. A quantia não consta dos R$ 190 milhões de restos a pagar contabilizados pela administração do prefeito Oswaldo Dias (PT).

O montante é referente ao contrato firmado na gestão do ex-prefeito Leonel Damo (PV) em 2006 e ainda não pago pelo Executivo. Segundo processo que tramita na 3ª Vara Cível de Mauá, a Prefeitura não fez repasse de nenhuma das parcelas do contrato, fazendo com que a dívida inicial de R$ 1,12 milhão chegasse ao atual valor.

A juíza Maria Lucinda da Costa, responsável pelo caso, determinou em 13 de novembro do ano passado que a Prefeitura fosse notificada do valor e estipulou prazo de 60 dias para a defesa. O Executivo recebeu a citação em 27 de novembro, tendo assim até o dia 27 de janeiro para recorrer.

Com a troca de prefeitos e a dificuldade na transição, a nova gestão confirmou que o prazo estipulado pela Justiça foi perdido, mas, segundo a Prefeitura, os advogados apresentaram defesa na última sexta. Segundo especialista do Executivo (que não quis se identificar), existe grande probabilidade de a dívida tornar-se mais um precatório.

MESMA HISTÓRIA - Os problemas encontrados com as empresas Tegeda e Cathita, que também prestam serviços de alimentação ao município, se repetem no caso da Terra Azul.

A empresa, que presta serviços à Prefeitura desde 2002, não atende mais ao bandejão do Hospital Municipal. O serviço é prestado atualmente pela empresa Le Baron.

A telefonista da Le Baron confirmou que o departamento jurídico atendia em outro número, que correspondia ao telefone do departamento jurídico da Terra Azul, que negou qualquer ligação com a Le Barom. "Tivemos um mesmo advogado que trabalhou por breve período nos dois escritórios. Não temos qualquer ligação com a Le Baron", justificou Marcílio, advogado da Terra Azul.

Procurado por telefone, o ex-prefeito Leonel Damo não foi localizado para esclarecer o assunto.




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