Política Titulo Cargos
Comissionados são 7% do funcionalismo da região
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
08/02/2009 | 07:01
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Os cargos comissionados das prefeituras do Grande ABC representam, em média, 7% de todo o funcionalismo. São 2.235 funções de confiança dos prefeitos perante 32,2 mil servidores públicos. Os dados são referentes a cinco cidades da região - não foram computadas informações de Santo André e Rio Grande da Serra, pois nem as administrações nem os sindicatos locais enviaram informações.

São Bernardo possui o maior número bruto de trabalhadores no Executivo e também de livre nomeação do prefeito Luiz Marinho (PT). São cerca de 12 mil funcionários que atuam nas mais diversas funções na Prefeitura e aproximadamente 800 postos que podem ser ocupados por pessoas indicadas pelo petista ou por seus secretários.

Os comissionados são-bernardenses - as vagas ainda não foram totalmente preenchidas - representam 6,66% do total do funcionalismo.

Ribeirão Pires é a cidade que apresenta a maior quantidade proporcional de cargos de confiança, elevando o percentual. São 2.650 servidores municipais e 380 postos em comissão, o que significa 14,33%.

O chefe do Executivo, Clóvis Volpi (PV), ressalta que há muitos cargos vagos e que o número de comissionados atualmente contratados é "o necessário". O verde não especificou, entretanto, a quantidade de nomeações efetivadas.

Mauá é a segunda colocada na lista das cidades que possuem mais comissionados. A administração dirigida por Oswaldo Dias (PT) possui 485 vagas para livre escolha. Uma fatia de 7,46% dentre os 6.500 funcionários públicos da Prefeitura.

Diadema, por sua vez, promoveu no fim do ano passado reforma administrativa que eliminou somente 14 comissionados. O prefeito Mário Reali (PT) tem a disponibilidade de contratar 380 pessoas sem a necessidade de concurso. O número corresponde a 5,75% dos 6.600 servidores.

São Caetano é a cidade que menos possui comissionados. São 190 postos de livre nomeação do prefeito José Auricchio Júnior (PTB), equivalente a 4,26% dos 4.450 trabalhadores da administração.

ESPECIALISTA - Os cargos comissionados são geralmente utilizados para alocar integrantes de partidos aliados que apoiaram os vencedores das disputas eleitorais. A constatação é feita pelo cientista político Marco Antônio Carvalho Teixeira.

O especialista alerta para o fato de muitas dessas vagas serem destinadas a altos escalões das prefeituras. "Geralmente são chefes e diretores de departamentos."

O prefeito de Ribeirão Pires observa que mesmo sendo postos ligados ao gabinete, o critério para escolha foi, além do relacionamento político estreito, a competência técnica. "Precisamos ter ao nosso lado as pessoas que acreditam no projeto, com capacidade na área em que irá atuar", pontua Volpi.




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