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Fomos inferiores, afirma Del Bosque

Técnico espanhol diz que precisará de tempo para saber o que deu errado e admite mudanças

Por Sérgio Vieira
Enviado ao Rio de Janeiro
19/06/2014 | 07:00
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Eleito melhor técnico do mundo pela Fifa em 2012 e considerado um dos maiores nomes da atualidade no futebol, o comandante espanhol Vicente Del Bosque foi direto ao reconhecer o fracasso da Fúria na Copa do Mundo no Brasil. “Não temos que buscar desculpas. Fomos inferiores ao Chile, que fez o que nós esperávamos dele.”

Ainda assim, o treinador avaliou que é necessário um pouco mais de tempo para analisar o que faltou para a Espanha evitar o vexame histórico. “Seu eu penso nos 25 dias que tivemos para trabalhar com essa equipe, não teria acreditado que seríamos eliminados na primeira fase. Começamos a partida de hoje (ontem) em ritmo lento, tímido, acovardados. Isso não mostra o que esse time nos deu”, disse Del Bosque. “Preciso de tempo para ter mais segurança e entender o que de fato aconteceu.”

Ele admitiu que dificilmente não haverá mudanças no elenco e na própria filosofia de trabalho após o resultado desastroso. “Óbvio que quando acontece algo negativo há consequências.” Ele não falou, no entanto, se continuará no comando da seleção espanhola, mesmo tendo contrato vigente.

Defensor do time mais vitorioso da história da Espanha, o treinador disse que recebeu diversas mensagens de solidariedade após a goleada sofrida para a Holanda, por 5 a 1, na sexta-feira. “Foram mensagens de afeto e carinho com a seleção. Mas o fato é que hoje (ontem) é um dia triste para todo nós. E lamentamos não poder dar satisfação ao povo espanhol”, afirmou.

Maracanã teve mar vermelho e invasão de torcedores

O que se viu ontem no Maracanã foi um mar de torcedores vestidos de vermelho e euforia de quem estava no estádio. Mas, apesar de as equipes terem a mesma cor predominante na camisa, a maioria de quem foi ao templo do futebol mundial torcia para o Chile. Brasileiros juntaram-se à torcida do país sul-americano e entoavam o tradicional “Chi-chi-chi, le-le-le, viva Chile!”. Confiante, grupo de amigos veio de Santiago para acompanhar a seleção. Para Daniel Schweitzer, a equipe tem condições de classificar em primeiro no grupo e avançar bastante no torneio. Ele apostava em 2 a 1. Errou pelo gol espanhol. Gustavo Alcântara trouxe a réplica da taça para mostrar seu otimismo. Ele acredita em uma final Brasil e Chile.

Entre os torcedores da Espanha estavam Liam Printer, da Irlanda, e Johan Barends, da Holanda, que se conheceram em Salvador, ganharam o ingresso e vieram torcer pela Fúria. Mas um holandês torcendo para a Espanha? A resposta era simples: com a vitória da Espanha, o caminho da Holanda para o primeiro lugar ficaria mais fácil e, consequentemente, evitaria o Brasil nas oitavas. Mas não deu certo a torcida.

Pouco antes do jogo, grupo de chilenos invadiu o estádio, derrubando uma das grades. Parte entrou no centro de imprensa e um grupo subiu para a arquibancada. Segundo a Fifa, pelo menos 85 foram detidos pelos policiais militares e encaminhados para o juizado especial criminal, dentro do estádio. A entidade disse que tomará medidas para evitar outros casos como esse, a exemplo do que ocorreu na partida Argentina e Bósnia, também no Rio.




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