O primeiro dia de operação do Bilhete Único Andreense foi marcado por alta procura nos dois postos de atendimento aos usuários. Cerca de 1.500 pessoas foram atendidas no saguão do Teatro Municipal e na sede da Aesa (Associação das Empresas do Sistema de Transporte de Santo André), na Avenida Industrial. A Prefeitura considera positivo o início do serviço.

A demanda fez com que o tempo de espera fosse alto na sede da associação, onde são emitidos os cartões comuns. Para idosos e deficientes, o cadastro foi feito no Teatro Municipal. O problema é que, além das emissões, o posto da Avenida Industrial é o local onde são feitas as recargas dos bilhetes de estudante.

A equipe do Diário esteve ontem na associação e demorou uma hora e 40 minutos para conseguir o Bilhete Único. Por volta das 16h, cerca de 100 pessoas aguardavam para ser atendidas. O atendimento foi encerrado às 18h, mas os funcionários pararam de emitir senhas dez minutos antes. No posto do Teatro Municipal a situação era mais tranquila, e a espera chegava a 20 minutos.

O problema aqui é a desorganização. Se o Bilhete Único começaria a valer hoje (ontem), o cadastro deveria ser feito com semanas de antecedência. Além disso, deveria ter outros postos de atendimento”, protesta a operária Viviane da Silva Oliveira, 33 anos.

Apesar das reclamações, a Prefeitura elogia o primeiro dia de operação e cadastramento. “Encaramos a movimentação como normal para o início. Houve um índice baixo de problemas e muita gente entrou na fila apenas para obter informações”, comenta o secretário de Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra. A Pasta é responsável pela SATrans, empresa gestora do transporte municipal.

Paulinho informa que, inicialmente, não está prevista a abertura de outros postos de cadastro e recarga. “Vamos medir a demanda. Não queremos que o tempo de espera ultrapasse os 30 minutos. Caso isso ocorra, iremos descentralizar o atendimento.” A ampliação, no entanto, só será feita depois da intensificação dos trabalhos de divulgação do serviço.

A estimativa do secretário é de que hoje as filas sejam menores. O atendimento na Aesa é feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. No Teatro Municipal, o cadastro também é feito apenas aos dias úteis, entre 8h e 17h.

Cerca de 600 pessoas tiveram problemas com o Urban Pass

Problemas com o Urban Pass – antigo bilhete eletrônico de Santo André – levaram cerca de 600 pessoas ontem à sede da Aesa (Associação das Empresas do Sistema de Transporte de Santo André). Nesses casos, o novo leitor de cartões colocado dentro dos ônibus não liberou a passagem do dispositivo.

Segundo o gerente-geral da Aesa, Luiz Marcondes de Freitas Júnior, duas situações provocaram as falhas. Na primeira, as tarjetas com muito tempo de uso não tinham memória suficiente no chip para armazenamento dos novos dados. Os tíquetes com esse problema precisaram ser trocados.

Outro fator que impediu a liberação da catraca foi a passagem de um mesmo cartão de vale-transporte mais de uma vez no mesmo ônibus em curto espaço de tempo. “O vale-transporte é feito para uma passagem de ida e outra de volta. Mesmo com a integração, podem ser feitas três viagens, mas com apenas um débito. Se passar mais de uma vez haverá bloqueio. O secretário de Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra, confirma as informações.