Política Titulo São Caetano
Pinheiro dará aumento real aos servidores

Prefeito de S.Caetano disse que negociação com o sindicato será oficializada ainda nesta semana

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
14/05/2013 | 07:00
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O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), projeta dar aumento real ao funcionalismo somente em novembro. Com as finanças apertadas, o peemedebista vai propor um plano progressivo para o reajuste deste ano.

A intenção do Paço é conceder um acréscimo em torno de 5% de imediato, porcentagem abaixo do índice da inflação que atingiu 6,87%. Já em novembro, o reajuste será programado para repor os sete meses em que a categoria terá arrocho e ainda garantir que o vencimento acumule ganho real até a data base do ano que vem, 1º de abril. A proposta inicial do sindicato foi de reposição de perdas acumuladas em 20% da atual base salarial.

Pinheiro não quis revelar os valores tratados na negociação com o Sindserv, mas garantiu que um acordo deve ser selado até quinta-feira. "Queremos mostrar para o sindicato que, para dar um reajuste acima da inflação, temos limitações. São outras demandas que não podem ser descontinuadas. Mas, em novembro eles vão ter um ganho real."

A decisão do peemedebista foi tomada com base em estudo de impacto financeiro. A administração ainda sofre com a herança financeira de R$ 264,5 milhões em restos a pagar, sendo que R$ 80 milhões foram quitados até agora.

A informação de que a categoria não teria reposição salarial completa causou polêmica entre servidores. "Ficamos sabendo que o reajuste seria de 5%, mas ninguém se posicionou no sindicato", comentou o inspetor de escola José Roberto de Oliveira. O funcionário prometeu organizar um grupo para protestar contra a medida. "Se encaminharem o projeto de lei para votação no dia 21 na Câmara, estaremos lá."

Em meio à eleição do ano passado, a categoria recebeu reajuste de 4,97% somente referente à variação da inflação no período. A categoria não pôde forçar a negociação, já que a lei eleitoral proíbe aumentos reais em anos de pleito.

O vice-presidente do Sindserv, Geraldo Lucas Barros, afirmou que não tem informações sobre a negociação. "Meu setor é outro e eu não estou a par disso, só quem pode falar sobre isso é o presidente, Miguel Parente Dias", disse. O mandatário da entidade não retornou aos telefonemas do Diário para comentar o caso.

No Grande ABC, todas as cidades corrigiram os vencimentos do funcionalismo de acordo com a inflação, com exceção de Santo André e São Caetano. Na cidade andreense, o prefeito Carlos Grana (PT) não entrou em acordo com a categoria e, mesmo assim, protocolou projeto de lei na Câmara com reajuste parcelado de 5% de imediato, e mais 1,78% em dezembro.




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